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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SENADORES APRESENTAM MANIFESTO QUE PEDE AFASTAMENTO DE SARNEY


Segundo eles, seria 'gesto histórico em defesa do Senado'.
José Sarney agradeceu 'zelo' com sua biografia.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

Senadores de seis partidos divulgaram nesta quinta-feira (6) um manifesto ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), solicitando seu afastamento do cargo. Entre os motivos, os senadores argumentam que o afastamento seria um "gesto histórico em defesa do Senado". O manifesto foi lido em plenário pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Após a leitura, Sarney respondeu: "Agradeço pela sua isenção e pelo zelo com a minha biografia".

Apesar de não contar com a assinatura do líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), o texto foi rubricado por Tião Viana (PT-AC) e Flávio Arns (PT-PR). Assinaram o texto abaixo, como líderes de suas bancadas os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), José Agripino (DEM-RN) e Osmar Dias (PDT-PR). De maneira individual, assinaram ainda, além de Viana e Arns os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sérgio Guerra (PSDB-PE), José Nery (PSOL-PA), Renato Casagrande (PSB-ES), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS).
Veja a íntegra:

"Brasília, 05 de agosto de 2009-08-06
Excelentíssimo Sr. Senador José Sarney
Presidente do Senado
Consideramo e reafirmamos que para iniciar a recuperação da dignididade do Senado é preciso a apuração com credibilidade de todas as denúncias contra a administração da Casa e o envolvimento de Vossa Excelência. O primeiro passo para isso é o afastamento de Vossa Excelência da Presidência do Senado, durante os trabalhos de investigação na Comissão de Ética.
Sabemos que a decisão deste afastamento é exclusiva de Vossa Excelência. Mas fica registrado aqui nossa sugestão de que faça um gesto histórico em defesa do Senado e de sua biografia pessoal, afastando-se da presidência do Senado durante o tempo necessário para a apuração dos fatos de denúncias contra Vossa Excelência.

Atenciosamente

Arthur Virgílio (AM) – líder do PSDB
José Agripino (RN) – líder do DEM
Osmar Dias (PR) – líder do PDT
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Tião Viana (PT-CE)
Flávio Arns (PT-PR)
José Nery (PSOL-PA)
Renato Casagrande (PSB-ES)
Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE)
Pedro Simon (PMDB-RS)"


BATE-BOCA ENTRE RENAN E TASSO INTERROMPE SESSÃO NO SENADO


Discussão aconteceu após Renan ler representação contra Virgílio.
Representação foi protocolada em represália a ações contra Sarney.

Eduardo Bresciani e Robson Bonin
Do G1, em Brasília



Um bate-boca entre o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) provocou nesta quinta-feira (6) a suspensão da sessão do Senado para que os ânimos se acalmassem.


Após Calheiros concluir a leitura da representação, Tasso pediu que fosse retirada do plenário uma pessoa que estaria se manifestando favoravelmente à representação. O peemedebista criticou o tucano dizendo que ele era “minoria com complexo de maioria”.

Tasso se irritou e o bate-boca começou: “Não aponte esse dedo sujo para cima de mim”, disse Tasso.

“O dedo sujo infelizmente é o de vossa excelência. O dedo dos jatinhos que o Senado pagou”, rebateu Calheiros.

“Pelo menos, era com meu dinheiro. O jato é meu. Não é o que o senhor anda, o de seus empreiteiros”, respondeu Tasso.

Na sequência, Calheiros teria, segundo senadores e um assessor, xinagdo Tasso fora do microfone, o chamando de "coronel de merda". O tucano reclamou das “palavras de baixo calão” e disse que Renan havia quebrado o decoro parlamentar. Tasso pediu que fosse feita uma representação contra o peemedebista.

Após alguns minutos de interrupção, a sessão retornou com o senador se defendendo das acusações citadas na representação. Ao assumir o microfone, Virgílio avisou que iria falar para se defender “e talvez atacar”.

Falando diretamente a Renan, Virgílio disse que o líder do PMDB “não iria intimidar a casa utilizando tropa de choque”. “Se puder, casse o meu mandato, não estou com o menor receio do que vem por aí. Estou pronto, senador Renan Calheiros”, avisou Virgílio. Ele apresentou várias denúncias publicadas pela imprensa no período em que Renan, então presidente do Senado, respondeu a processo de cassação.

O líder tucano falou do episódio em que o peemedebista foi acusado de ter as contas pagas por um empreiteiro. Mencionou supostas irregularidades envolvendo a criação de gado de Renan, entre outras denúncias. "Sinto que vossa excelência está achando que é imortal. Vossa excelência está sustentando o presidente Sarney no comando do Senado para se manter imortal. Está fazendo e acontecendo aqui dentro do Senado, depois de ser quase cassado lá atrás. Muito cuidado, quanto mais alto a gente vai, maior é o tombo", provocou Virgílio.

O principal fato destacado na representação é o de um servidor do gabinete de Virgílio ter recebido da Casa enquanto estudava teatro na Espanha. O tucano já admitiu o fato e está devolvendo cerca de R$ 210 mil à Casa referentes a pagamentos feitos ao servidor. Segundo Calheiros, até horas extras foram pagas enquanto o servidor do tucano estava fora do país.

Além deste tema, a representação do PMDB trata de um empréstimo que o ex-diretor-geral da Casa teria feito ao líder do PSDB. Virgílio afirmou em plenário não saber que o dinheiro era de Agaciel e que fez o pedido de dinheiro a um funcionário quando estava em Paris e teve problemas em seu cartão bancário.

O PMDB acusa Virgílio também de ter usado dinheiro da Casa para o tratamento de saúde da sua mãe, já falecida. O tucano argumenta que seu pai foi senador e que sua mãe teria direito ao atendimento médico. Outra parte da representação diz respeito à nomeação de um servidor que seria personal trainer de Virgílio. O líder do PSDB nega que o funcionário seja seu personal trainer.

Denúncias arquivadas


Em suas decisões, Duque alegou que as matérias não apresentavam evidências que justificassem a abertura de investigação contra Sarney e Renan.

José Sarney ainda responde a sete pedidos de investigação no Conselho de Ética. São três representações apresentadas pelo PSDB, uma representação apresentada pelo PSOL e outras três denúncias formuladas por Arthur Virgílio.


DOCUMENTO CONTRADIZ VERSÃO DE SARNEY SOBRE GENRO DE AGACIEL


Senador alega que Rodrigo Cruz citado em discurso não é seu afilhado de casamento. Denúncia desmente

Leandro Colon

Sarney posa como padrinho de Rodrigo Cruz, que diz não conhecer. Foto: Dida Sampaio/AE

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 6, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenta confundir com uma informação equivocada. O senador diz na nota que na quarta-feira, 5, em seu discurso no plenário, referiu-se a "Rodrigo Miguel Cruz" quando disse desconhecer "Rodrigo Cruz".

Veja Também

Sarney alega que "Rodrigo Miguel Cruz" é o nome que aparece na representação protocolada pelo PSOL no Conselho de Ética no dia 30 de junho. Seria, segundo o senador, um ex-funcionário de sua filha Roseana. "É este que está relacionado na denúncia do PSOL, que se baseia em O Estado de S. Paulo", afirma Sarney.

Não é bem assim. A representação do PSOL não cita nenhum "Rodrigo Miguel Cruz". Refere-se, na página 4 do texto, a "Rodrigo Cruz" e cita um link do portal do Estadão com a lista de apadrinhados e parentes de Sarney envolvidos em atos secretos. No site, ao clicar no nome de "Rodrigo Cruz", surge a descrição de que ele é a pessoa que casou-se com Mayanna Maia, filha de Agaciel Maia, no dia 10 de junho. Sarney foi padrinho do casamento. Rodrigo Cruz foi nomeado por ato secreto em 19 de janeiro de 2006.

O "Rodrigo Miguel Cruz" citado por Sarney trabalhou entre 2003 e 2007 no gabinete de Roseana e do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Ele não aparece em atos secretos, nem na representação do PSOL.

Discurso

A polêmica sobre a relação de Sarney com Rodrigo Cruz surgiu logo após o discurso de Sarney, na quarta-feira. Ao falar na tribuna, Sarney declarou não conhecer o ex-funcionário do Senado. "Não sei quem é Rodrigo Cruz", disse.

Logo que terminou o pronunciamento, no entanto, Sarney foi lembrado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), de que havia sido padrinho de casamento de Cruz, marido de Mayanna Maia, filha do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia.

"Não quero ser grosseiro e dizer que o senhor faltou com a verdade", disse o senador amazonense. Logo em seguida Virgílio emendou: "O senhor foi padrinho de Rodrigo Cruz. O dia foi emocionante e o senhor não se lembrou disso", ironizou Virgílio.

Em seguida, o estadão.com.br publicou foto de Dida Sampaio em que Sarney aparece ao lado de Rodrigo e Mayanna. A imagem e reportagens revelando contradições no discurso de Sarney provocaram a reação do senador, que soltou nota explicando que o Rodrigo Cruz a que se referiu no discurso seria outra pessoa, e não o genro de Agaciel. Mas, como fica claro na representação do PSOL, o Rodrigo Cruz do discurso do senador é o mesmo que casou-se com Mayanna em 10 de junho.


CRISTOVAM RESPONSABILIZA SARNEY POR BATE-BOCA ENTRE RENAN E TASSO

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Sentado na cadeira de presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) afirmou que tem "espírito democrático, paciente e de tolerância". A declaração foi uma resposta ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que responsabilizou Sarney pelo bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) nesta quinta-feira.


Segundo Cristovam, enquanto Sarney continuar na presidência não haverá paz na instituição. Ontem, ao se defender das acusações que pesam contra ele no Conselho de Ética, o presidente do Senado afirmou que queria retomar a paz da Casa.

"Gostei do discurso do senhor quando no final falou que queria a paz, que queria ser o presidente da paz. Essa foi a parte que me tocou, mas o senhor está vendo pelo dia de hoje que essa paz ficou impossível. Não vejo como o senhor vai conseguir trazer a paz em um Senado onde uma tropa de choque tomou de assalto o funcionamento da Casa, uma tropa mais violenta que os militares podiam prender", disse.

Ontem, Sarney afirmou que trabalha pelo entendimento no Senado. "Minha força não é desejo de poder. Esse cargo não me acrescenta nada, senão auguras e decepções. Mas há a certeza de que nada fiz de errado, de que as senhoras e os senhores senadores são justos. Nós nos conhecemos uns aos outros, vão me ajudar a reconstruir a paz no Senado", disse.

O plenário do Senado viveu hoje o segundo bate-boca da semana. O discurso do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), anunciando a representação contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), provocou mal-estar no plenário do Senado e chegou a suspender a sessão por dois minutos. No discurso, Renan admitiu que a denúncia contra o tucano foi em represália às ações do PSDB contra Sarney.

O bate-boca começou depois que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu para Sarney retirar das galerias da Casa uma pessoa que estaria dizendo ofensas aos parlamentares tucanos.


EM NOVO BATE-BOCA, TASSO E RENAN SE ATACAM NO SENADO

Deu no UOL NOTICIAS


O líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), trocaram insultos no plenário do Senado diante de José Sarney (PMDB-AP) (imagens: TV Senado); leia mais; reveja o bate-boca entre Renan, Collor e Pedro Simon; Ninguém pode exigir minha renúncia, diz Sarney; veja.


RENAN ADMITE QUE DENÚNCIA CONTRA VIRGÍLIO É REPRESÁLIA DO PMDB

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), admitiu nesta quinta-feira, na tribuna da Casa, que a representação de seu partido contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) é uma represália ao tucano --que encaminhou seis denúncias e representações contra o senador José Sarney (PMDB-AP) ao Conselho de Ética.

Depois que Virgílio subiu à tribuna para reagir à decisão do PMDB de entrar com representação contra ele, Renan rebateu o tucano ao ler, uma a uma, as acusações contra o parlamentar.


"O PMDB mantém a expectativa de que essas questões sejam dirimidas de forma despolitizadas, desapaixonadas, no âmbito próprio que é o Conselho de Ética. A partidarização da crise em nada contribui para solucioná-la. Ao contrário, apenas tumultua, aumenta a temperatura e as tensões. Infelizmente, posturas partidarizadas impõem posturas similares de comportamento", afirmou.

Renan disse que a oposição, no Senado, é a "única no mundo com complexo de maioria". O peemedebista listou uma série de acusações contra Virgílio, citadas na representação encaminhada ao Conselho de Ética. Entre as denúncias, está o fato do tucano ter admitido que manteve o pagamento do salário de um funcionário do seu gabinete que morava na Espanha.

"O senador diz que a Mesa daria autorização e pagaria diárias para o moço estudar o que quiser na Espanha, sob pretexto de que voltaria para o Senado. Nem licença nem diária, a Mesa não concederia. O estatuto do servidor público não permite", afirmou Renan.

O líder do PMDB também acusou Virgílio, na representação lida em plenário, de receber doações de autoridade pública, esconder da Receita Federal a doação do imóvel em que o tucano mora, assim como receber "quantias" para tratamento de saúde de um parente em valores "muitos superiores do que preveem as normas do Senado".

Renan ainda acusa Virgílio de nomear o seu personal trainer para um cargo no Senado, com o objetivo de orientar as suas atividades físicas. O líder do PMDB pede, na representação, que Virgílio tenha o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.

Sentado no plenário, o tucano ouve com atenção as acusações de Renan --principal aliado de Sarney no Senado. Virgílio ainda não reagiu às acusações do parlamentar.

Tucano

Antes de Renan discursar, Virgílio disse na tribuna que a representação do PMDB é uma "represália" às denúncias encaminhadas por ele ao conselho contra Sarney. O senador disse estar disposto a abrir mão do mandato se a Casa considerar que o peemedebista tem melhores condições de permanecer no cargo do que ele.

"Se disserem que meu mandato não cabe, mas cabe de Vossa Excelência, eu não faria a menor questão de permanecer nesta Casa sob qualquer condição", afirmou para Sarney.

O tucano prometeu responder, no conselho, a todos os questionamentos apresentados pelo PMDB na representação. Virgílio disse, porém, que acredita na decisão do colegiado de inocentá-lo das acusações.


SARNEY PEDE A TEMER PUNIÇÃO PARA DEPUTADO QUE O CHAMOU DE "CAMALEÃO"

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou um ofício ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), pedindo que o deputado Domingos Dutra (PT-MA) seja punido por ter distribuído um folheto no plenário da Casa que trazem ofensas contra ele.

Segundo Sarney, Dutra quebrou o decoro parlamentar ao repassar para senadores o folheto intitulado de "O Camaleão", com referências agressivas contra o peemedebista. A base da denúncia foi a investigação da Polícia do Senado que comprovou o fato.


Dutra pode ser alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara ou receber advertência. A punição vai depender de Temer.

Em resposta ao pedido do presidente do Senado, Dutra subiu à tribuna e afirmou que Sarney age como um cacique.

"Há muita gente que pergunta o que pode perguntar, por que o senador Sarney, que ontem gritou da tribuna do Senado que está com 55 anos de mandato, por que razões ele tem esse poder tão longo. Uns devem concluir apressadamente que é porque ele é um líder. Na verdade, o senador Sarney não é um líder. O senador Sarney é um cacique e mantém esse poder tão longo porque é dissimulado, porque não tem identidade política, porque é vingativo e, sobretudo, porque é um camaleão", disse.


DOCUMENTO CONTRADIZ VERSÃO DE SARNEY

Senador alega que Rodrigo Cruz citado em discurso não é seu afilhado de casamento. Denúncia desmente

De Leandro Colon, em O Estado de S. Paulo:

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 6, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenta confundir com uma informação equivocada. O senador diz na nota que na quarta-feira, 5, em seu discurso no plenário, referiu-se a "Rodrigo Miguel Cruz" quando disse desconhecer "Rodrigo Cruz".

Sarney alega que "Rodrigo Miguel Cruz" é o nome que aparece na representação protocolada pelo PSOL no Conselho de Ética no dia 30 de junho. Seria, segundo o senador, um ex-funcionário de sua filha Roseana. "É este que está relacionado na denúncia do PSOL, que se baseia em O Estado de S. Paulo", afirma Sarney.

Não é bem assim. A representação do PSOL não cita nenhum "Rodrigo Miguel Cruz". Refere-se, na página 4 do texto, a "Rodrigo Cruz" e cita um link do portal do Estadão com a lista de apadrinhados e parentes de Sarney envolvidos em atos secretos.

No site, ao clicar no nome de "Rodrigo Cruz", surge a descrição de que ele é a pessoa que se casou com Mayanna Maia, filha de Agaciel Maia, no dia 10 de junho. Sarney foi padrinho do casamento. Rodrigo Cruz foi nomeado por ato secreto em 19 de janeiro de 2006.

"Rodrigo Miguel Cruz" citado por Sarney trabalhou entre 2003 e 2007 no gabinete de Roseana e do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Ele não aparece em atos secretos, nem na representação do PSOL.



SENADORES APRESENTARÃO MANIFESTO EM PLENÁRIO PELA SAÍDA DE SARNEY


Senadores apresentarão manifesto em plenário pela saída de Sarney Texto que pede afastamento é assinado por líderes de quatro partidos.
Cristovam Buarque pede manifestações populares contra Sarney.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

Senadores adversários do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), divulgarão em plenário na tarde desta quinta-feira (6) um manifesto pelo afastamento de Sarney do cargo. O texto é assinado pelos líderes de PSDB, DEM, PDT e PSOL, representando suas bancadas, e pelo senador Renato Casagrande (ES), representando o PSB.

O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), não assinou o documento. Ele argumenta que o partido já deu o seu posicionamento em defesa de uma licença de Sarney da função. Em sua página no serviço de microblog Twitter, Mercadante sugere que a oposição anexe ao manifesto as duas notas em que o PT pede a licença do presidente da Casa.

Porta-voz do movimento, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), acredita que a ação mostra que Sarney não tem mais condições de comandar a Casa. “É muito difícil o Senado entrar em ritmo normal enquanto estivermos neste clima”. O manifesto pedirá o afastamento do presidente da Casa enquanto durarem as investigações contra ele no Conselho de Ética.

Buarque afirmou ainda que o grupo recorrerá das decisões de arquivamento das acusações contra Sarney tomadas pelo presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ). “Os engavetamentos foram feitos de maneira arbitrária pela tropa de choque que ocupou o Senado com uma violência maior que a dos tanques da ditadura. O Senado está sob intervenção da tropa de choque”.

O senador do PDT defendeu ainda a realização de manifestações populares nas cidades para mostrar o descontentamento com a permanência de Sarney. “É preciso que a população se manifeste. Porque não ter caras pintadas outra vez em defesa da ética? Está na hora de fazer eventos nas cidades e colocar o povo para dizer que quer ética no Senado”.

Buarque lamentou que o PT não tenha assinado o manifesto de maneira formal, mas destacou que a posição pelo afastamento de Sarney conta com o apoio da maioria dos senadores do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dos partidos que assinam a nota, fazem farte do grupo anti-Sarney os senadores Tião Viana (PT-AC), Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), que participam rotineiramente dos encontros do grupo.


SISTEMA MIRANTE MANIPULA MATÉRIA DA FOLHA DE SÃO PAULO

Por John Cutrim

O Sistema Mirante de Comunicação, de propriedade da família Sarney, continua firme e forte cumprindo o ritual estabelecido pelo senador José Sarney de atacar e agredir seus adversários políticos, destes, principalmente o presidente estadual do PSDB, deputado federal Roberto Rocha.

Dessa vez, os escribas do outro lado da ponte reproduziram matéria do jornal Folha de São Paulo onde é citado, além de Roberto Rocha, o deputado Paulo Roberto (PTB-RS), ainda sobre o caso das passagens. Acontece que, espertamente, eles tentaram confundir, ou melhor, enganar os seus leitores, alterando de má fé o título original da matéria que saiu na edição de hoje da Folha.

O título da reportagem publicada no jornal eletrônico sarneysista é “Câmara vai aprofundar investigação contra Roberto”, enquanto que o original, publicado na Folha de São Paulo é “Corregedoria vai investigar dois deputados por “farra das passagens”, numa referência aos deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE). Veja aqui.

Conclusão: truncaram a matéria da Folha de São Paulo na intenção de ligar, maldosamente, o nome do deputado Roberto Rocha aos esquemas de passagem e, o que é mais grave, que o tucano retinha parte dos salários de seus assessores, embora a matéria seja bem clara que essa denúncia é contra o Paulo Roberto (PTB-RS), feita por um ex-assessor do parlamentar gaúcho.


JUCÁ QUER DEIXAR FUNDAÇÃO JOSÉ SARNEY FORA DA CPI DA PETROBRAS


Relator deseja ouvir antes o ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) criticou posição de Romero Jucá.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O relator da CPI da Petrobras e líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou nesta quinta-feira (6) uma proposta de trabalho para a investigação que deixa de fora as denúncias de irregularidades em patrocínio da estatal com a Fundação José Sarney. De acordo com a denúncia, a Fundação teria desviado recursos do patrocínio. A Fundação nega e diz que a Petrobras fiscalizou a execução do projeto.

A investigação proposta por Jucá deve retroagir ao governo Fernando Henrique Cardoso. O relator propõe que na área de patrocínio sejam solicitados os contratos feitos pela Petrobras desde 1998.

O líder do governo afirmou que sua intenção, neste primeiro momento, é investigar a questão do patrocínio de maneira mais ampla e não neste caso específico. "Estou aberto para desdobrar os assuntos depois. Qual é a intenção dessa CPI? É começar a discutir o patrocínio por causa da Fundação Sarney ou discutir o patrocínio de uma maneira geral?".

Pelo plano de Jucá, seria rejeitado um requerimento que pede cópias de prestação de contas entre a Fundação e a Petrobras. Para ele, é preciso ouvir primeiro a empresa e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, para ver quem teria a responsabilidade de fiscalizar a utilização das verbas.

O senador José Sarney (PMDB-AP), presidente vitalício da fundação que leva seu nome, disse que a Petrobras teria fiscalizado a execução do projeto.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do pedido de CPI, criticou este ponto da proposta de Jucá. Para Dias, a prestação de contas teria de ser recebida antes dos depoimentos.

“O fato determinado é explícito. Não entendo porque não requerer a prestação de contas. Vossa Excelência quer ouvir o ministro da Cultura antes de receber elementos que podem nos levar a indagar o ministro”, disse Dias.

Outras críticas

Dias fez também outras críticas à proposta de Jucá. Ele questionou o fato do relator ter deixado de fora de sua proposta a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.

Para o tucano, o depoimento dela seria importante porque a crítica à suposta manobra contábil da Petrobras foi durante sua gestão. Outra crítica é o fato de terem ficado de fora questões relativas à publicidade e acusações pontuais de supostas irregularidades.

“Vossa Excelência eliminou aqueles que possam denunciar, teríamos um tribunal só com advogado de defesa e sem promotor. Desta forma nós não investigaremos. As causas desta CPI não estariam alcançadas com este modelo, que é competente, mas é parcial. Há dois pesos e duas medidas”, disse o tucano.

O plano de trabalho de Jucá não prevê a convocação de testemunhas, mas apenas convite para depoimentos. Neste caso, nenhum dos chamados à CPI seria obrigado a comparecer nem precisaria depor sob juramento.

Jucá argumentou que a divergência é de método da investigação. “Ir pegando fatos isolados que são milhares e, na minha visão, correr o risco de se perder. Estou propondo ter a visão do todo, ver onde existem falhas e a partir daí pontuar nos erros. O objetivo não é pegar alguém, é investigar, pegar padrões de irregularidades e daí punir e corrigir”.

O líder do DEM, José Agripino (RN), pediu que fossem deixados para outra reunião os requerimentos que Jucá deseja rejeitar. “O plano de trabalho tem viés governista. De 88 requerimentos, rejeitou 66. Não posso concordar com isso. Gostaria que não fossem apreciado nessa sessão os requerimentos em que o relator dá a priori parecer contrário”. Jucá concordou com a proposta.

O relator pretende começar as investigações pela suspeita de manobra contábil que teria sido feita pela Petrobras para reduzir o pagamento de tributos. A Petrobras afirma que a mudança em sua contabilidade está dentro da legalidade.


APÓS ATAQUE, TWITTER DIZ QUE SERVIÇO VOLTOU A FUNCIONAR


Apesar da informação, página continua inacessível para muitos usuários.
Site está enfrentando ataque de negação de serviço, segundo blog oficial.

Do G1, em São Paulo

O serviço de microblog Twitter informou, em seu blog de status, que o site voltou a funcionar por volta das 12h15 desta quinta-feira (6). No entanto, a página -- que ficou oficialmente fora do ar por mais de uma hora -- continua inacessível para muitos internautas de todo o mundo.

O site foi derrubado por um ataque de “negação de serviço” (Distributed Denial of Service), divulgou o blog oficial. Pessoas mal-intencionadas realizam esse tipo de ataque com o intuito de sobrecarregar um serviço, para tirá-lo do ar.

Leia também:

Blog oficial comunica nesta quinta (6) que servidores do Twitter estão sendo atacados por hackers. (Foto: Reprodução)

Segundo Altieres Rohr, colunista de segurança do G1, os DDoS são normalmente difíceis de contornar, porque as solicitações maliciosas costumam chegar de vários computadores diferentes. “Não dá simplesmente para bloquear o acesso dos computadores ao servidor, porque são muitos”, explica o especialista.

A primeira notificação do problema foi feita por volta das 11h (horário de Brasília). "Estamos determinando as causas", dizia o texto.

A atualização, publicada cerca de 40 minutos depois, afirmou: "estamos nos defendendo contra um ataque de denial of service". Em seguida, outro texto dizia que o site tinha voltado ao ar e que eles continuavam “trabalhando para se defender e se recuperar do ataque”.

Reclamações

Por conta do ataque, os usuários ficaram sem ter onde reclamar da dificuldade de conexão: nos últimos meses, sempre que os internautas enfrentam algo como a instabilidade no Speedy ou problemas no Google, eles compartilham experiências no Twitter.

Apesar de a página inicial estar inacessível para muitos, o serviço de buscas funciona (com instabilidade). E no Twitter Search, como demonstra a imagem abaixo, é possível encontrar internautas que conseguem acessar a página e reclamam da lentidão.

Usuários que conseguiram acessar a página reclamam de instabilidade no Twitter nesta quinta (6). (Foto: Reprodução)