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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PLENÁRIO DO CONSELHO DE ÉTICA ARQUIVA TODAS AS ACUSAÇÕES CONTRA SARNEY


Oposição pretende recorrer ao plenário da Casa.
Governista argumentam que não é regimental.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O plenário do Conselho de Ética arquivou nesta quarta-feira (19) 11 ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-AP), já havia rejeitado as denúncias, mas houve recurso ao plenário do colegiado. A oposição pretende agora recorrer ao plenário, mas os governistas argumentam que este recurso não está previsto no regimento.

Com apoio de senadores de PMDB, PTB, PT e PC do B, foram rejeitadas três representações assinadas pelo PSDB, duas feitas pelo PSOL, quatro denúncias do líder tucano Arthur Virgílio e duas outras denúncias assinadas por Virgílio em parceria com Cristovam Buarque (PDT-DF).

As acusações tratam dos atos secretos e de uma gravação que ligaria Sarney a uma dessas decisões não publicadas, de supostas irregularidades na Fundação Sarney, de negócios de um neto do presidente do Senado com crédito consignado, de uma mansão que Sarney teria omitido de sua declaração à justiça eleitoral, de um assessor que teria usado o prestígio junto à Polícia Federal para obter informações privilegiadas para Fernando Sarney e da suposta ocultação de terras pelo presidente do Senado para não pagar tributo.

Todas elas foram arquivadas pelo presidente do Conselho. O principal argumento é que as acusações se baseavam em reportagens jornalísticas. Houve questionamento também sobre a legalidade das provas apresentadas, como a gravação, que faz parte de um processo que corre em segredo de justiça.

Na sessão, os senadores do PT eram visto como “fiel da balança” e decidiram o jogo a favor de Sarney. Em nota, o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), já havia pedido que os representantes do PT votassem pelo arquivamento das ações.

O líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante (SP), por sua vez, defendia posição contrária. Ele chegou a defender no próprio plenário do Conselho a abertura de investigações sobre os atos secretos.

A posição do PT foi criticada pela oposição. Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), a argumentação de Berzoini de que o partido ofereceu alternativa ao lançar Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado contra Sarney não justifica a postura a favor do peemedebista agora. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) chegou a dizer que o PT fazia "falso moralismo" em relação ao Senado.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi outro a criticar o PT. Ele destacou o fato dos votos pró-Sarney acontecerem no dia em que a senadora Marina Silva (AC) deixou o partido. “Hoje é o dia em que o PT abraça o Sarney e o Collor e a senadora Marina sai. Qual deles representa mais a origem do PT? Triste dia esse para o PT."

A prévia da decisão já foi anunciada pela votação de requerimentos que pediam a análise em bloco das denúncias e das representações contra Sarney. Os aliados do presidente do Senado venceram esta disputa. Na primeira votação foi 8 a 7 a favor da votação das denúncias em globo. Na segunda, com a presença da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), o placar foi o de 9 a 6, com todos os três votos do PT pró-Sarney.

O arquivamento no Conselho, no entanto, não deve encerrar a polêmica. A oposição pretende recorrer ao plenário para que os processos sejam abertos. Os governistas, no entanto, argumentam que o regimento não permite este novo recurso.


SEM COMANDO, SECRETÁRIOS DOS GOVERNO ROSEANA SARNEY COMEÇAM A “SE COMER”


Por Raimundo Garrone

A briga de cachorro doido entre os secretários do governo revela a falta de comando de Roseana Sarney sobre a sanha eleitoreira de seus auxiliares.

Se antes eles limitavam a batalha aos bastidores, desta vez ela chegou à imprensa com declarações oficiais de desgostos, como as expostas pelo secretário de articulação política Hildo Rocha, em seu recente blog, onde reclama da necessidade de holofotes de alguns secretários.

- O que motivaria um secretário de determinada pasta a anunciar ações pertinentes a outras áreas? Impossível não imaginar que se trata de uma disputa, motivada por ciúmes ou fins eleitoreiros – escreveu Hildo em sua página na internet, em reação a atitude do secretário de planejamento Gastão Vieira, que lançou em Bacabal um programa educacional em parceira com a Universidade Federal do Maranhão e várias prefeituras.

A indignação de Rocha é um reflexo da raiva do secretário de educação César Pires, que se sentiu atingido pela intromissão de Vieira nos assuntos de sua pasta.

A educação, aliás, já foi o feudo de Gastão Vieira, ex- secretário, que quando se elegeu deputado federal, colocou o seu sobrinho, Danilo Furtado em seu lugar.

Até hoje – dizem as boas línguas – ele não se conforma em ter perdido o pé de meia para César Pires.

O interessante é Hildo Rocha reclamar da intromissão e desejo de holofotes de outros secretários. Logo ele, que em plena tragédia provocada pelas cheias do mês de abril no Maranhão, foi acompanhado de César Pires distribuir cesta básica em Cantanhede, com direito a sorrisos para fotografias.

Vieira também já foi acusado de se intrometer nos assuntos da secretaria de administração, como nos casos dos contra-cheques online, e até mesmo em antecipar o programa de moradia lançado pela própria Roseana.

Com a cabeça voltada para o destino do pai e do irmão, acusado pela Polícia Federal de formar uma organização criminosa para sangrar os cofres públicos, Roseana de vez em quando despacha nos Leões, enquanto as raposas correm soltas.


O MAPA DA MINA DO CLÃ SARNEY


Por Chico Bruno

Em andanças pelo Amapá é comum se ouvir que o setor de mineração do Estado tem tudo a ver com José Sarney.

O jornalismo investigativo do país tem tentado puxar fio deste novelo, mas esbarra na falta de motivação das autoridades que deveriam iniciar os procedimentos de investigação.

Na terça-feira (18) o jornalista Carlos Tautz tratou do assunto em artigo publicado no Blog do Noblat.

Tautz critica a mídia que não investiga “de forma contundente as cinco décadas de poder de Sarney, o maior lobista dos setores de energia e de mineração do Brasil, cuja responsabilidade verdadeira vai passando ao largo”.

O jornalista está coberto de razão ao afirmar que “embora sempre apareçam notícias descontextualizadas sobre esse poder subterrâneo, nunca a imprensa brasileira desvendou as articulações que há dezenas de anos o senador usa para controlar o setor de energia no governo brasileiro, independentemente da força política que ocupe o Palácio do Planalto”.

Agora mesmo, alguns jornalistas, ao investigar outros mal feitos do clã, acabaram chegando perto das ligações existentes entre o setor de energia e o senador.

É o caso da Aracati, que virou Holdenn, de propriedade de Rogério Frota, amigo do clã dos Sarney, cujo novelo indica que foi beneficiado pelo feudo ministerial sob o comando da família do Maranhão.

Segundo Carlos Tautz, Sarney “opera sem constrangimentos à vista de todos, sempre reafirmando um modelo econômico de base extrativista e exportador, o que dificulta a transparência e a implementação do princípio constitucional da ampla publicidade na utilização de bens públicos – como são o minério e a energia”.

Vale lembrar que depois de garantir a hegemonia dos setores de mineração, siderurgia e energia no Maranhão, a clã dos Sarney se deslocou para o Amapá em 1990, estado rico em minerais, atual domicílio eleitoral do chefe do clã José Sarney.

Ali, lembra Tautz, Sarney “opera sem ser incomodado como defensor desses interesses econômicos”.

Eike Batista, por exemplo, foi levado ao Amapá pelas mãos de Sarney e foram os negócios naquele Estado que transformaram Eike em um dos bilionários brasileiros.

Não custa dizer. No Amapá, Eike ganhou de Sarney régua e compasso para o sucesso empresarial.

Tanto verdade, que ele fez questão de demonstrar toda a sua gratidão publicamente às vésperas das eleições de 2006.

Na oportunidade, relançou a pedra fundamental de um empreendimento apenas para transformar o ato em um evento da campanha eleitoral do padrinho Sarney.

Não custa também lembrar, que Eike Batista em setembro de 2008 foi alvo da Operação Toque de Midas, da Polícia Federal, que investigou a atuação de suas empresas no Amapá. Infelizmente Midas ruiu por que vazou e até agora não virou nada.

Pelo aqui relatado, vale a pena o jornalismo aprofundar as investigações sobre o fascínio de Sarney pelos setores energético, siderúrgico e minerador.

É que por trás desse fascínio pode estar malocada a fonte de energia que reluz no patrimônio do clã dos Sarney.

O mapa da mina do clã dos Sarney repousa em algum ponto do Maranhão ou do Amapá.


MARINA SILVA ANUNCIA SAÍDA DO PT E DEVE SE FILIAR AO PV


Senadora não revelou se irá concorrer à Presidência da República.
Desejo de fazer mais pelo meio ambiente foi motivo da saída.

Robson Bonin
Do G1, em Brasília

Militante do Partido dos Trabalhadores há mais de 30 anos, a senadora Marina Silva (AC) anunciou nesta quarta-feira (19) que vai deixar a sigla. A senadora, no entanto, não confirmou a sua filiação ao Partido Verde e disse que "a partir de agora começam as conversações" com a nova sigla. A decisão reforça os rumores das últimas semanas de que a senadora trocaria de partido para concorrer à presidência da República em 2010.

"Nesse momento, trata-se de dar conhecimento à sociedade brasileira da decisão que é fruto de uma reflexão com companheiros e dirigentes do partido, que significa me desligar do PT depois de 30 anos", disse Marina.

A senadora agradeceu aos militantes e colegas do PT que apelaram por sua permanência na sigla. "Mas o fato de sair de casa, não significa que estamos rompendo com as pessoas com as quais convivemos durante tantos anos", afirmou a senadora.

Marina disse que saía do PT "em busca do sonho" de lutar pelo desenvolvimento sustentável do meio ambiente. A senadora comunicou a decisão por telefone ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), na manhã desta quarta. Ela também entregou uma carta em que justificou a sua saída do PT.

A senadora classificou como um "convite honroso" a proposta do PV para que ela seja candidata à Presidência da República em 2010, mas preferiu não falar da suposta candidatura antes de formalizar a filiação no partido. "Saí do PT para poder ficar livre para negociar com outro partido. Não ficaria bem, negociar com um partido estando em outro", argumentou Marina.

Durante os 10 minutos de fala, a senadora citou nomes de senadores, militantes e dirigentes do PT que conversaram com ela. Não citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Se decidir ser candidata pelo PV, Marina já terá à disposição pelo menos um pretendente a vice de sua chapa. O ex-ministro da Cultura e cantor Gilberto Gil afirmou nesta terça-feira (18) que poderia aceitar uma possível proposta para disputar as eleições de 2010 como vice de Marina.

Marina pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente no ano passado em meio a pressões por causa da demora no licenciamento ambiental de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na semana passada, a bancada do PT no Senado tentou evitar a saída de Marina do partido, divulgando uma carta aberta com elogios à senadora. "Desejamos sinceramente que a nossa querida companheira Marina Silva permaneça no Partido dos Trabalhadores, sua casa política, e prossiga nessa trajetória coletiva que já conquistou tanto, mas que tem tanto ainda para conquistar”, dizia o texto.

No dia 8 de agosto, em evento que marcou o encerramento das chamadas caravanas do PT em São Paulo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ser “compreensível” o convite feito pelo PV a Marina. O presidente Lula já disse várias vezes que quer Dilma como sua sucessora.



DELEGADOS AMEAÇAM DECRETAR GREVE NO MARANHÃO POR MELHORES SALÁRIOS


POR MIVAN GEDEON

Delegados ameaçam entrar em greve, caso o governo não concorde em aumentar 30% nos seus rendimentos. Para o presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil do Maranhão (Adepol/MA), Marcos José de Morais Affonso Jr., a categoria está reivindicando a inclusão da categoria no Plano de Valorização do Governo, que segundo eles, a Polícia Civil foi excluída.

“Todas as categorias já foram beneficiadas, porém, nós não tivemos essa melhoria. Com isso, houve uma insatisfação geral, pois quando não se é valorizado, acaba havendo uma desmotivação no profissional”, disse ontem Marcos Affonso Jr., durante um café da manhã na sede da Adepol, na rua da Palma, do qual participaram todos os delegados da capital para discutirem e exigirem uma posição do governo sobre as reivindicações da categoria.

Foto: G. FERREIRA
Delegados querem ser inseridos nas medidas salariais do novo governo

Segundo os delegados, o secretário de Segurança do estado, Raimundo Cutrim, já foi procurado; assim como também o de Administração, Luciano Moreira, e até a própria governadora, por meio de um ofício no qual pediram uma audiência. “Eles estão irredutíveis em ceder qualquer aumento. Estamos aqui reunidos e daqui para a próxima sexta feira, nós teremos uma nova assembléia para decidirmos o que vamos fazer. A tendência é a paralisação. Hoje (ontem) nós vamos entregar ao presidente da Assembléia Legislativa (Marcelo Tavares) e para os líderes do governo todo relatório do que vem acontecendo até agora, para deixar bem claro que estamos procurando negociar”, disse Affonso.

Em muitos casos um delegado responde por vários municípios, tendo inclusive que viajar, mas acabam não recebendo diárias. “Nós somos a única categoria que responde às vezes até cinco a seis municípios, o mínimo, por Lei são três, isso sem você ganhar nada. Você viaja para o interior do estado sem receber suas diárias, isso inclusive, vai de encontro a própria legislação, mas nem por isso a gente deixa de ir atender aquele município. Agora, no momento que você mais precisa ser valorizado, a gente é deixado para trás”, disse o presidente da Adepol.

Assembléia – A ida da categoria à Assembléia resultou na convocação do secretário estadual de Administração e Previdência Social, Luciano Moreira, ao órgão, para prestar explicações sobre a reforma administrativa encaminhada à Casa por meio da medida provisória 052. A presença do gestor está programada para hoje, 19, às 11h, no plenário deputado Nagib Haickel.

A convocação do secretário de Administração foi possível após o deputado Edivaldo Holanda (PTC) ter conseguido aprovar requerimento que, entre outras coisas, pede esclarecimentos sobre os novos critérios para a remuneração de servidores civis e militares e parâmetros para a nomeação de servidores em cargos comissionados.

Outro assunto que o parlamentar solicita maiores explicações diz respeito ao fim do chamado subsídio, que compõe o pagamento dos servidores públicos estaduais. A medida provisória atinge diretamente mais de 100 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas em todo o estado.


PT DEVE AJUDAR A ENTERRAR AÇÕES CONTRA SARNEY NO CONSELHO DE ÉTICA

Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos - O Globo
Reuters

O senador Aloizio Mercadante durante o depoimento da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira à CCJ do Senado. Ele disse que entrega o cargo de líder se houver manobra para substituir petistas no Conselho de Ética. Foto: Roberto Stuckert Filho O Globo

BRASÍLIA - Pressionado pelo Planalto, o PT deve ser decisivo nesta quarta-feira para enterrar as investigações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Com a resistência do líder do partido, Aloizio Mercadante (PT-SP), a participar da manobra para substituir os dois suplentes da legenda no Conselho de Ética - Ideli Salvatti (SC) e Delcídio Amaral (MS) -, a orientação da cúpula do PT é que pelo menos um deles se abstenha, para impedir que a oposição consiga os oito votos para reabrir as investigações.

Com o impasse, Mercadante ameaçou renunciar ao cargo. Isso porque integrantes da tropa de choque comandada pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pressionaram para a substituição de Ideli e Delcídio pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e Roberto Cavalcanti (PRB-PB).

- Eu me recuso a fazer esse tipo de coisa. Que seja outro líder a fazer essa substituição. Eu coloco meu cargo à disposição se insistirem nessa proposta - disse Mercadante.

A estratégia definida pelo governo com o PMDB é de tentar engavetar os 12 recursos contra o arquivamento das denúncias contra Sarney e Arthur Virgílio (PSDB-AM). Na noite desta terça-feira, Renan esteve no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência, para acertar o enquadramento do PT.

Delcídio e Ideli não escondiam a irritação, pois passaram a ser os responsáveis pelo engavetamento. Se Delcídio se ausentar, Eduardo Suplicy (PT-SP) vota pelo desarquivamento. Mas se Ideli se abstiver, o assunto será encerrado.

Desde cedo, Ideli vinha articulando para convencer Mercadante a fazer a troca. Ela e Delcídio são candidatos ao governo de seus estados, e não querem votar pelo desarquivamento dos pedidos de investigação contra o aliado. Mas também não querem ficar mal perante o eleitor, se abstendo e colaborando para enterrar as investigações. Se Mercadante renunciar e outro líder fizer a troca, os dois petistas estaria livres da votação no Conselho de Ética.

Os senadores petistas estão preocupados com a repercussão do assunto na opinião pública devido às eleições de 2010. Preocupado com a própria reeleição no próximo ano, o líder vem resistindo a impedir a reabertura de parte dos 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa.

O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), assegurou que os três senadores da legenda no Conselho votarão pelo desarquivamento. Heráclito Fortes (DEM-PI) - que se considera impedido - deve ser substituído por Rosalba Ciarlini (RN).

Lula: "O que eu não quero é esse oba-oba do denuncismo"

Em mais uma defesa de Sarney, o presidente Lula citou governantes que teriam sido vítimas do que chamou de "oba-oba do denuncismo" no país. Na lista, Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Tupi, do Rio.

Lula disse que Sarney tomou as medidas certas, ao pedir que a Polícia Federal investigue seu filho e que a Fundação Getulio Vargas fizesse um estudo sobre o Senado, para mudar seu "gerenciamento". Segundo ele, o país não pode eleger e derrubar governantes "no ano seguinte".

- O que eu não quero é esse oba-oba do denuncismo, porque isso não dá certo em lugar nenhum do mundo.

O presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou as ações protocoladas contra Sarney por falta de decoro parlamentar que podem levar à cassação de seu mandato. É grande a dificuldade para alterar a decisão de Duque, uma vez que, dos 15 integrantes do órgão, dez são da base aliada, pró-Sarney. O PT é o fiel da balança.

O presidente do Senado é acusado de estar envolvido em irregularidades administrativas na Casa, empregar pessoas ligadas à sua família e desviar recursos públicos por meio da fundação que leva o seu nome. (Confira as denúncias contra Sarney na linha do tempo)


DEPOIS DA CENSURA AOS ESTUDANTES PRESOS NO SENADO: CALÚNIA


André Dutra

Aproveitei os posts do blog da Luciana Capiberibe, para relatar aqui uma calúnia da mais alta estirpe. É assim mesmo que se tenta acabar com movimentos do povo, por meio de mentiras. É subestimar demais a capacidade das pessoas. Vejam só, recebi um e-mail falando de um jornal do Amapá que denunciava a Deputada Capiberibe de ter armado a manifestação de quinta-feira passada (aquela em que fomos presos arbitrariamente no senado) e de ter pago R$40 para cada manifestante. Gente, isso foi uma das coisas mais patéticas, sujas, ridículas e sem fundamento que ja li na vida. Leiam todo o post e ajudem a divulgar essa calúnia (original por Luciana Capiberibe):


Macapá, 16/08/2009 – Segundo o Jornal A Gazeta, ligado ao senador Sarney no Amapá, a Policia do Senado estaria investigando a participação da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) na organização do Ato Fora Sarney feito por estudantes na última quinta-feira, 13, no Senado Federal. O jornal também acusa Janete de ter pago R$ 40 aos estudantes para participarem da manifestação.

Ao tomar conhecimento da acusação a deputada Janete disse que vai se informar sobre o assunto, que não organizou o ato, mas solidarizou-se com os manifestantes que foram presos de forma arbitrária e disse ainda que se realmente estiver havendo uma investigação do Senado nesse sentido pode ficar caracterizada uma perseguição política do Senador José Sarney, que é Presidente da Casa, contra ela. “Acusar-me de estar organizando uma manifestação legítima e ainda gastar dinheiro da população para supostamente investigar isso é um absurdo completo, mas mais do que isso, caracteriza perseguição política contra mim, que já tive meu mandato cassado para beneficiar o PMDB de José Sarney”, declarou a deputada.

André Dutra, um dos jovens presos naquela quinta-feira no senado federal disse o seguinte para o blog: “Ela(dep. Janete Capiberibe), como o Brasil inteiro, ficou sabendo de nosso ato civil, patriótico, legal, pacífico, jovem e estudantil, após nossa prisão. Inclusive eu nem sabia que tinha chegado informação até o plenário do Senado, de ONDE o Senador Suplicy ficou sabendo e depois se pronunciou enquanto ainda estávamos presos. Meu relato diz com idoneidade e veracidade ao máximo tudo o que aconteceu aquele dia. Nunca recebi e nunca receberei dinheiro, muito menos para pedir ética e respeito aos brasileiros.”

Falei mais: Esse tipo de reportagem não tem e nunca terá provas disso, tenho certeza, pois é uma calúnia e fico triste de ver que existem ainda filões midiáticos ligados a políticos, o que é podre e uma aberração para a democracia brasileira. Isso me enoja.

Logo, veio a defesa, mais que justa. E logo na pessoa do Senador Cristovam Buarque, que esteve conosco do início ao fim das 3 horas presos no calbouço da Polícia do Senado:




Brasília, 17/08/2009 – O senadores Cristovam Buarque (PDT/DF) e Papaléo Paes (PSDB/AP) saíram em defesa da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), hoje, na tribuna do Senado Federal. Cristovam apontou a gravidade das acusações feitas contra a deputada Janete por um jornal amapaense lembrando que “foi por causa de falsas denúncias contra ela que terminou cassada, com o seu marido Capiberibe”.

Cristovam pediu que o presidente do Senado esclareça a notícia do Jornal o Estado de São Paulo que que Sarney teria ganho apartamentos de construtoras e em seguida abordou a notícia caluniosa divulgada no Amapá pelo jornal A Gazeta, no final de semana. Segundo o jornal, a deputada Janete teria organizado o ato Fora Sarney na quinta-feira, 13, no Senado Federal, pago aos estudantes para que se manifestassem, além de estar sendo investigada pela Polícia daquela Casa. Naquele dia, 9 manifestantes foram presos pela Polícia do Senado e a deputada Janete Capiberibe acorreu, junto com os senadores Cristovam Buarque, Eduardo Suplicy (PT/SP), José Nery (PSOL/PA) e Valter Pereira (PMDB/MS) para que fossem soltos, já que sua prisão violava o direito constitucional de manifestação.

Indignação – “E a Deputada Capiberibe, que decidiu vir para cá, tendo escutado, foi acusada no jornal – e isso lembra o que disse o Senador Papaléo, como os jornais acusam levianamente – de insuflar. Ela nem sabia quem é que estava ali. Que ela está sendo investigada pela Polícia do Senado. A Polícia do Senado não tem nem direito de investigar deputado. Imaginem o que querem fazer com jovens estudantes, se estão fazendo isso [com a deputada], que não é verdade. Mais: que teria pago para os estudantes virem, o que nos provoca indignação, porque esses jovens são sérios, mobilizados”, afirmou o senador Cristovam, para prosseguir: “O jornal publicou. Mas não é por aí que vamos dizer pura e simplesmente que não é. Ela está batalhando. E não devemos demorar muito a lembrar: foi por causa de falsas denúncias contra ela que terminou cassada, com o seu marido Capiberibe. Isso foi usado. Isso foi usado. E naquele momento os jornais eram tidos como dizendo a verdade. Hoje os jornais são tidos como dizendo mentira”, arrematou.

Certeza – Em aparte ao discurso, o senador Papaléo Paes defendeu a deputada Janete Capiberibe e a liberdade dos estudantes: “Quero entrar em defesa da Deputada Janete Capiberibe. Tenho certeza absoluta de que a Deputada Janete não tem participação nenhuma nesse tipo de insuflação de pessoas, principalmente dos jovens, porque acredito que os jovens, principalmente hoje, nas lutas que tiveram, em que foram os grandes responsáveis pela redemocratização do País, eles não precisam que ninguém sofra, a decisão é deles. Eles são muito mais sábios do que nós. Por isso quero fazer esta referência e isentar a Deputada Janete de qualquer tipo de participação num processo que pudesse afetar fisicamente algum dos políticos, dos Parlamentares, ou então a estrutura física da Casa”.

Oposição – Para a deputada Janete Capiberibe, a notícia foi uma tentativa de frear sua oposição ao senador Sarney. “Não preciso me esconder atrás de ninguém para dizer os malefícios que o senador Sarney faz ao Brasil e ao Amapá. Sou oposição a ele e todo mundo sabe disso. Fui perseguida na ditadura e já tive meu mandato de deputada cassado por desagradar ao senador Sarney. Por isso vou continuar sendo uma defensora incansável da democracia e da liberdade de expressão, respeitando o direito de cada cidadão para organizar-se livremente e manifestar suas idéias dentro das regras democráticas”, afirma a deputada.

É isso. São dessas táticas sujas e nojentas que os fissurados no poder, os sanguessugas da Pátria se valem para tentar denegrir e diminuir a imagem daqueles que buscam uma vida melhor para o Brasil e lutam por um país decente. Mas eles não conseguirão vencer, ainda temos pessoas que querem mudar esse pérfido sistema!

Então continuemos na batalha! Chamem seus amigos, colegas de classe, colegas de trabalho, familiares… chame todo mundo! Nesta quarta-feira, 19 de agosto de 2009, vamos enterrar a ética do Senado no gramado em frente ao Congresso Nacional. Simultaneamente, vigiaremos a reunião da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar – CEDP.


Precisamos de doações dos seguintes materiais: pano preto, velas, roupas pretas e madeira.

Ajude a divulgar:

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Que morra a velha e doentia/doente ética e façamos nascer uma totalmente nova.