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quarta-feira, 29 de julho de 2009

QUEM FALOU O QUÊ? SAIBA O QUE DISSERAM PERSONAGENS DA POLÍTICA NESTA QUARTA


Presidente Lula defende uma nova lei de licitações para acelerar obras.
PSOL vai ao STF contra senador que declarou que o partido "não existe".

Do G1, em São Paulo

"A lei de licitação, eu não conheço um brasileiro que não queira mudar. Nós temos uma proposta pronta do [Ministério do] Planejamento. Vamos ver se conseguimos votar. No Brasil é assim, na hora do pega para ver, vamos ver se consegue votar. Já mandei duas Reformas Tributarias e não votaram. Não tenho tempo de mandar outra. A máquina de fiscalização é infinitamente mais poderosa do que a máquina de execução no Brasil." Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na comemoração dos 50 anos do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon).

"As afirmações do senador Paulo Duque tem caráter dúbio e supostamente ofensivo, pois não esclarecem porque o PSOL não existe, ou não seria um partido, e lançam dúvida acerca da qualidade e do potencial do PSOL como alternativa de poder político." Trecho da interpelação judicial do PSOL ao STF para que o o presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), explique a declaração de que o partido "não existe".

"Isso [a participação da Petrobras] ainda está em discussão. A Petrobras poderá vir a ser a exploradora de todos os blocos, ainda que com participação mínima." Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, sobre a possibilidade de o governo permitir que a Petrobras seja sócia em todas as novas concessões do pré-sal.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1246516-5601,00.html


SÓCIO DE DANTAS FEZ DOAÇÃO PARA SARNEY

DEU NA FOLHA DE S.PAULO

Empresário no porto de Santos bancou 17% da campanha do senador, que indicou diretor de agência que regula o setor

O grupo de Richard Klien detém 30% da Santos Brasil, que administra o terminal de contêineres; Dantas tem 39%, e Dório Ferman, 30%

O senador José Sarney (PMDB-AP) recebeu em 2006, como doação para a campanha que o reelegeu, R$ 270 mil do empresário Richard Klien, sócio do banqueiro Daniel Dantas, indiciado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e condenado no ano passado por corrupção pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

A filha do senador, Roseana, recebeu de Klien mais R$ 240 mil para sua candidatura derrotada ao governo do Maranhão -ela acabou tomando posse em abril, depois que o eleito foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O clã Sarney ficou com 83% do total doado pelo empresário em 2006 -17% dos gastos totais da campanha de Sarney.

Os outros candidatos apoiados pelo empresário em 2006 foram Jandira Feghali (PC do B-RJ) e Índio da Costa (DEM-RJ), com R$ 50 mil cada um.

No ano passado, Klien doou R$ 250 mil para o Diretório Nacional do PT, em Brasília, e o suplente do conselho de administração da empresa, Thomas Klien, doou R$ 150 mil para o Diretório Nacional do PSDB.

Richard Klien é sócio de Daniel Dantas na Santos Brasil, que administra o terminal de contêineres do porto de Santos (SP), privatizado em 1997. A empresa é considerada a maior do setor na América Latina, com uma receita bruta de R$ 818,5 milhões no ano passado.

A política sobre os portos no Brasil está na área de influência de Sarney. É indicação dele o atual diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Fernando Antonio Brito Fialho, que foi diretor da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária).

Seu pai, Vicente, foi prefeito de São Luís (MA) e trabalhou com Sarney.

Assinante do jornal leia mais em: Sócio de Dantas fez doação para Sarney


AGENTE DA PF CEDIDO A SARNEY PASSAVA DETALHES SOBRE OPERAÇÕES A GRUPO DO FILHO DO PARLAMENTAR


Agente da PF cedido a Sarney passava detalhes sobre operações a grupo do filho do parlamentar

Lúcio Vaz
Publicação: 29/07/2009 08:28
Atualização: 29/07/2009 08:44

Cedido pelo Palácio do Planalto ao senador José Sarney (PMDB-AP) na cota de funcionários de ex-presidentes, o agente de Polícia Federal Aluizio Guimarães Filho passava informações privilegiadas da PF ao grupo comandado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Conversas gravadas na Operação Boi Barrica(1)mostram que o policial utilizou seus contatos na polícia para repassar os detalhes de uma diligência solicitada à Superintendência de São Paulo em julho do ano passado. Homem de confiança da família Sarney, Aluizio ocupa hoje o cargo de chefe da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do governo de Roseana Sarney, no Maranhão.

O inquérito da PF que resultou no indiciamento de Fernando Sarney e de integrantes do seu grupo mostra que, em pleno sábado, Aluizio teria colocado um policial dentro da superintendência para receber informações em tempo real. Cada detalhe era imediatamente repassado a Fernando, que tinha o telefone monitorado pela polícia. A diligência citada no relatório era o acompanhamento do investigado Marco Antônio Bogea na capital paulista. Preposto do grupo, Bogea deslocou-se de Brasília em 19 de julho daquele ano portando uma mala “em atitude bastante suspeita”. Assim que foi abordado por policiais federais na portaria de um prédio, já em São Paulo, Bogea acionou e mobilizou o grupo em questão de minutos.

“Entocado”

Fernando telefonou para Aluizio e perguntou o que estaria acontecendo. Eram 9h55. Aluizio informou logo que os policiais que abordaram Bogea não tinham mandado de prisão. Fernando disse que o seu comandado estava “entocado” no prédio, mas que poderia sair num carro. O policial aliado procurou tranquilizar o empresário: “A gente vai se falando. Eu não comento nada com seu pai (José Sarney), fique tranquilo”. Minutos depois, Aluizio informou que os policias paulistas estavam de campana num carro preto estacionado na porta do prédio. E acrescentou que já havia passado o número da placa do carro para um amigo verificar se era mesmo do Departamento de Polícia Federal.

Após 20 minutos, em nova ligação, Aluizio informa: “Já bateu, já confirmou, é nosso o carro mesmo”. Quando falava em “nosso”, ele se referia à PF. Somente às 13h05 o policial infiltrado conseguiu uma informação mais precisa sobre o que estava ocorrendo: “É uma solicitação da Diretoria-Geral de Investigação de Crime Financeiro”. “Então, isso, Aluizinho(2), é comigo mesmo, né?”, perguntou Fernando. Aluizio disse que achava que não e informou que essa diretoria investigava “qualquer fato relacionado a dinheiro”. Fernando teve certeza de que era com ele mesmo: “A investigação em cima de mim é conduzida por esse pessoal”. Mas o policial informou o número do inquérito e reafirmou: “Não tem nada a ver com aquele assunto”.

Propinas

Marco Bogea, também conhecido como Marquinhos, teve o seu telefone celular monitorado na Operação Boi Barrica. Pessoa de confiança de Fernando Sarney, atuava como motorista do empresário em Brasília. Segundo a Polícia Federal, tinha inclusive a atribuição de fazer pagamentos “em dinheiro” para várias pessoas. O relatório do inquérito da PF diz que Marquinhos “seria um membro de menor importância na organização criminosa, com a função de realizar pagamentos de propina para a equipe de Fernando Sarney”.

O Correio entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão e tentou uma entrevista com Aluizio Guimarães. A assessoria de imprensa confirmou apenas que o policial atuava no Serviço de Inteligência da secretaria, mas não forneceu o seu número de telefone. A assessoria do presidente do Senado informou que Aluizio atuou como “ajudante de ordens” do senador Sarney, cedido pela Presidência da República na cota de servidores do ex-presidente. Segundo a assessoria, Sarney não se manifestaria sobre o grampo da Polícia Federal.

1 - INVESTIGAÇÃO
A Operação Boi Barrica foi deflagrada em fevereiro de 2007, a partir de comunicação da Coaf sobre movimentação atípica nas contas de Fernando Sarney e de sua mulher, Teresa Cristina. De forma anônima, o empresário Eduardo Carvalho Lago teria depositado R$ 2 milhões na conta da Gráfica Escolar, pessoa jurídica que pertence ao grupo Mirante, de propriedade do casal. O dinheiro acabou na conta pessoal de Fernando e Teresa, que efetuaram o saque em espécie. A investigação levou a polícia a concluir que Fernando comandava uma organização criminosa no Maranhão.

2 - AJUDA
Aluizio Guimarães aparece nas conversas em que Fernando Sarney pede ao pai para ajudar na nomeação do namorado da filha Maria Beatriz, Henrique Dias Bernardes. Na conversa, Fernando chama o policial de “Aluizinho”, exatamente como ocorre na conversa em julho do ano passado. O namorado da neta do presidente do Senado está entre os servidores que foram contratados por ato secreto.
Nas asas da Câmara.

Sarney: assessoria disse que peemedebista não falaria sobre os grampos

Como Marco Antônio Bogea viajou a São Paulo num voo da empresa TAM, a Polícia Federal solicitou à empresa aérea a relação de voos do investigado. Ficou constatado que Bogea tinha 41 mil pontos no sistema de fidelidade da empresa. Nova apuração revelou que ele era funcionário da empresa Ipanema, que acabou tendo o contrato com o Senado cancelado em consequência de irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal. Mais, a passagem utilizada em 19 de julho foi paga pela Câmara dos Deputados.

Em maio deste ano, o site Congresso em Foco havia informado que a Câmara financiou pelo menos oito viagens para Bogea. Cinco delas foram pagas na cota do líder do PV, Zequinha Sarney (MA), filho do presidente do Senado e irmão de Fernando Sarney. Em conversa gravada pela PF no dia 19 de julho, Fernando pede um tempo ao policial Aluizio Guimarães para falar com o irmão Zequinha. Em seguida, informa: “Era Zequinha aqui no outro telefone”.

Na viagem a São Paulo, como informou a TAM, foi emitida uma passagem para Bogea no voo JJ3719, trecho Brasília-Congonhas. O bilhete original foi emitido no valor de R$ 3 mil, mas não utilizado, o que gerou um crédito para emissão de outras passagens. O bilhete de Bogea foi emitido no valor de R$ 1,17 mil. Essa passagem teria sido emitida numa troca de cotas entre os deputados Carlos Abicalil (PT-MT) e Valadares Filho (PSB-SE), segundo informou o site Congresso em Foco. Bogea também teria viajado com os créditos reservados aos deputados Veloso (PMDB-BA) e Gonzaga Patriota (PSB-PE).

As escutas

Em conversas telefônicas gravadas em 19 de julho do ano passado, o agente da Polícia Federal Aluizio Guimarães Mendes passa informações privilegiadas a Fernando Sarney sobre o investigado Marco Antonio Bogea, que havia sido abordado por policiais federais em São Paulo portando uma mala em “atitude suspeita”. Aluizio passa a Fernando até o número do inquérito que trata do caso.

9h55
Fernando – Tu tens alguém nessa área lá?
Aluizio – Eu tô ligando pra um colega meu agora. (…) Tem um delegado amigo meu de lá, mas eu não tou conseguindo…(…)
Fernando – Então, vamos arrumar alguém.
Aluizio – Eu já botei alguém no circuito e vou ter informações do que está acontecendo.
Fernando – Ele tá lá entocado, tá? Ele não tem problema.
Aluizio – Não precisa ficar entocado. Eles não podem subir porque eles não têm mandado de busca. Querem pegar ele na rua pra dar uma pressão nele.

10h08
Fernando – Liguei lá agora. Estão lá os três, estão num carro preto na porta do prédio.
Aluizio – Eu já peguei até a placa para ver se é mesmo do DPF.
Fernando – Ele te deu?
Aluizio – O Gileno me deu e eu passei para um amigo lá em Brasília para verificar se o carro é nosso ou não é.
Fernando – Você já fez algum contato em São Paulo?
Aluizio – Tem uns dois amigos meus… mas é sábado (…). Mas ele vai me ligar, no máximo em uma hora.

10h33
Fernando – A placa tu não tem ainda?
Aluizio – Bateu, já bateu, é sim, confirmou. O carro é nosso.
Fernando – Muito bem, a placa você já tem?
Aluizio – Já bateu, já confirmou, é nosso o carro mesmo.
Fernando – E você já entrou em contato com alguém?
Aluizio – Tô tentando aquele meu amigo. Mas me dá mais uma meia hora que ele me atende lá.

11h04
Aluizio – Falei com o nosso amigo lá em São Paulo. Existe um pedido de Brasília para que fosse acompanhada essa pessoa lá em São Paulo, mas é acompanhamento e localização. Não tem nenhum pedido de busca, apreensão, prisão, nada, tá.
Fernando – Não sabe também o porquê, né?
Aluizio – Foi uma solicitação de Brasília para que fosse localizado, passado inclusive o número do voo que ele foi.

13h05
Fernando – Alguma novidade?
Aluizio – É uma solicitação da diretoria geral de investigação de crime financeiro de Brasília. (…)
Fernando – Então, isso, Aluizinho, é comigo mesmo, né?
Aluizio – Não, não, acho que não (…).
Fernando – Pois é, a investigação em cima de mim é conduzida por esse pessoal.
Aluizio – Tem um pedido lá na solicitação , tem o número do IP, do inquérito, né? Eu pedi para ele dar uma olhadinha da onde veio isso aí. Olha, o pedido é relativo ao inquérito 067464/SP. Então, São Paulo, não tem nada a ver com você… não tem nada a ver com aquele assunto.
Fernando – Sim, mas a gente pode ver, porque pode ser que tenha, né?
Aluizio – Isso aí, Fernando, a gente só pode ver pessoalmente. Eu preciso chegar lá, não dá pra ver isso agora.




SARNEY É SUSPEITO DE EMPREGAR FUNCIONÁRIA 'FANTASMA'


AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A filha de um dos ajudantes de ordem do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é suspeita de ser funcionária "fantasma" do Senado. A estudante Gabriela Aragão Guimarães Mendes, filha do ex-agente federal Aluísio Guimarães Mendes Filho, foi nomeada em 5 de janeiro de 2007 pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, como assessora parlamentar do gabinete de Sarney. Ela está até hoje na folha de pagamento do Senado, mas não aparece por lá para trabalhar. Seu trabalho de verdade não tem nada a ver com o Congresso - ela é estagiária da Caixa Econômica Federal (CEF).

Ontem, a reportagem procurou Gabriela na casa da família, no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul de Brasília. Foi a própria estudante quem atendeu. Indagada sobre seu emprego no Senado, ela evitou falar. "Não posso dizer onde trabalho", disse. Em seguida, confrontada com a nomeação para o gabinete de Sarney, respondeu: "Procure o setor de recursos humanos do Senado".

Pouco antes, a reportagem telefonou para o gabinete de Sarney e para a presidência do Senado. Nas duas oportunidades, em ligações gravadas, as funcionárias que atenderam disseram não haver nenhuma Gabriela entre os assessores do senador. A reportagem procurou, então, a mãe de Gabriela, Dila Maria Aragão, que mora no Rio de Janeiro. Ela disse que nunca soube que a filha tinha emprego no Senado. "Ela trabalha é na Caixa Econômica. Faz estágio lá", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.