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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

OPOSICIONISTAS PARTICIPAM DE ATO CONTRA GOVERNO ROSEANA EM MATÕES

As principais lideranças de oposição ao grupo Sarney participam neste sábado (29), no município de Matões – distante 353.960 Km de São Luís – de ato político para repudiar as medidas adotadas contra o município pelo governo Roseana Sarney (PMDB).

Apenas quatro meses à frente do governo, a peemedebista cancelou convênios com dezenas de municípios, entre eles Matões. O governo, por meio de ação judicial, sequestrou os recursos destinados para a manutenção do hospital. Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado reduziu a verba do SUS (Sistema Único de Saúde) destinada para o município.

Organizado pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PRTB), pela prefeita Suely Silva (PDT) e pelo ex-deputado Rubens Pereira, o evento terá a participação dos ex-governadores José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT); dos deputados federais Roberto Rocha (PSDB), Domingos Dutra (PT) e Flávio Dino (PCdoB); do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares, do ex-ministro Edson Vidigal, ambos do PSB, entre outros.

SIMBOLISMO

Em 2005, Rubens Pereira também organizou encontro dos líderes da então Frente de Libertação no município. O ato marcou o primeiro evento público em que Jackson Lago e Zé Reinaldo estiveram no mesmo palanque.


MORADORES DESTROEM DELEGACIA DE CIDADE NO MARANHÃO

Duas viaturas foram incendiadas e estrutura do prédio foi danificada.
Grupo queria linchar suspeito de crime, segundo Secretaria de Segurança.

Do G1, em São Paulo



Moradores destruíram a delegacia de Cururupu, no Maranhão, nesta quinta-feira (27). A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão informou que duas viaturas foram incendiadas e a estrutura do prédio foi danificada. Não há informações sobre libertação de presos que estavam no local.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os moradores queriam linchar um suspeito de matar um lavrador. A população tentou tomar as armas dos policiais e um agente foi baleado.

Municípios vizinhos a Cururupu enviaram reforço policial e a situação foi controlada no início da noite.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os policiais vão fazer um balanço mais detalhado dos estragos, que será divulgado nesta sexta-feira (28).


MINISTROS DEFENDEM APROXIMAÇÃO ENTRE SEGURANÇA E DIREITOS HUMANOS

Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defenderam a articulação entre a segurança pública e os direitos humanos

Agência Brasil
Correio Braziliense

Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi, defenderam nesta quinta-feira (27/8) a articulação entre a segurança pública e os direitos humanos na definição de políticas de prevenção e combate à violência.

Os dois ministros participaram da abertura da 1° Conferência Nacional de Segurança Pública, que até domingo (30/8) reunirá cerca de três mil pessoas, em Brasília, para debater o tema.

Tarso citou o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) com o marco de uma nova forma de encarar o problema da segurança no Brasil.

"O Pronasci fala em direitos humanos em sua totalidade, o que também contempla os direitos humanos dos policiais, que devem ser vistos como cidadãos aliados de suas comunidades e merecem respeito do Estado e da sociedade pela função que exercem", disse.

A expectativa de Genro é de que uma das principais deliberações da conferência seja em torno da avaliação de questões relativas às funções e à natureza das polícias Militar e Civil e à possível integração de ambas.

Para uma plateia de profissionais da área de segurança, gestores públicos e representantes da sociedade civil, o ministro da SEDH, Paulo Vannuchi, lembrou de episódios de violência como dos assassinatos da missionária norte-americana Dorothy Stang e do advogado Manoel Matos, para pedir mais comprometimento com a defesa da liberdade e da democracia.

"Cada policial deve se ver e ser visto na sociedade como um defensor dos direitos humanos", disse.

Dos três mil participantes com poder deliberativo na conferência, 40% são da sociedade civil, 30% do Poder Público e 30% de profissionais da área.

Eles foram eleitos nas conferências municipais e estaduais realizadas de março a julho deste ano.

Os especialistas convidados e observadores nacionais e internacionais completam a lista de participantes, mas sem direito a voto.


CELSO DE MELLO RECUSA RELATAR CASO SARNEY NO STF

Ministro declarou 'suspeição' e novo relator será designado.
Adversários de Sarney querem levar tema ao plenário da Casa.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello declarou-se, nesta quinta-feira (27), impedido e recusou relatar o mandado de segurança feito por adversários do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), contra o arquivamento de todas as ações contra o peemedebista. O caso foi devolvido ao presidente do Supremo, Gilmar Mendes, para que seja redistribuído para outro ministro.

Ministro mais antigo do Supremo, Celso de Mello foi indicado para o cargo em 1989 exatamente por José Sarney, na época em que o peemedebista era presidente da República.

De acordo com a assessoria do STF, Celso de Mello alegou suspeição para deixar o caso. O recurso dos adversários de Sarney mencionava em duas oportunidades pareceres do próprio ministro.

No mandado de segurança, os adversários de Sarney questionam a decisão da segunda vice-presidente do Senado, Serys Shlessarenko (PT-MT), de impedir que o recurso contra o arquivamento de cinco representações feitas por PSDB e PSOL chegasse ao plenário. Na ocasião, Serys argumentou que a Mesa Diretora não poderia alterar decisão do Conselho de Ética. O recurso não trata das seis denúncias feitas pelos senadores ARthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF), também arquivadas.

O recurso foi assinado por José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jefferson Praia (PDT-AM), Kátia Abreu (DEM-TO), Pedro Simon (PMDB-RS), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os adversários do presidente do Senado argumentam que a decisão de Serys foi "unilateral" e "antiregimental". "Não havia, como não há, razões jurídicas ou fáticas para o arquivamento das representações e das denúncias contra o senador José Sarney. Do mesmo modo não há razão para que a Mesa Diretora não receba de recurso interposto pelos impetrantes", argumentam no recurso.

Segundo a assessoria do PSOL, um novo recurso deve ser protocolado na próxima semana em relação às duas representações do partido. A ação por descumprimento de direito fundamental argumentará que o Conselho de Ética não poderia ter julgado a admissibilidade da acusação, tendo aberto de forma direta um processo para averiguar os fatos.

Acusações

O recurso desta quinta-feira contempla cinco representações. A primeira, do PSDB, trata da denúncia de que um neto de Sarney teria usado seu prestígio para intermediar convênios para a operação de crédito consignado com a Casa. Em nota, quando da divulgação da denúncia, o neto de Sarney negou favorecimento.

Outra representação dos tucanos diz respeito aos atos secretos. A ação acusa Sarney pela edição dos atos secretos e anexava gravações de conversas telefônicas que mostram Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, conversando com sua filha sobre a nomeação de um namorado. Em discurso em plenário, Sarney negou envolvimento com os atos e criticou a divulgação das gravações.

A última acusação feita pelo PSDB dizia respeito à Fundação José Sarney. Há suspeitas de que a Fundação possa ter fraudado um contrato de patrocínio de R$ 1,3 milhão com a Petrobras. A Fundação classifica as acusações de “levianas” e diz que a estatal fiscalizou o projeto.

A primeira das acusações do PSOL trata dos atos secretos em termos semelhantes à do PSDB. A representação culpava o presidente do Senado pelos atos não publicados e anexava posteriormente as gravações.

A outra representação do PSOL mandada ao arquivo reúnia alguns temas. O primeiro é o fato de Sarney ter ocultado de sua declaração de bens à Justiça eleitoral uma mansão de R$ 4 milhões. O presidente do Senado chegou a dizer que a não declaração foi um “equívoco” do contador, mas depois disse que o fato aconteceu por “esquecimento”.

Outra acusação constante da mesma representação era referente à Fundação José Sarney, em termos semelhantes aos da ação do PSDB.

SARNEY ANULA NOMEAÇÃO DO SUPOSTO NAMORADO DA NETA DE CARGO NO SENADO

Decisão ocorreu meia hora após Diretoria Geral convalidar nomeação.
Segundo assessoria, medida foi para mostrar isenção de Sarney no caso.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

Meia hora depois de a Diretoria Geral do Senado convalidar a contratação de Henrique Dias Bernardes, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu anular a decisão. Bernardes é o suposto namorado da neta de Sarney, que havia sido nomeado por ato secreto. Segundo a assessoria de Sarney, a anulação foi para mostrar isenção do presidente do Senado no caso.

O caso de Bernardes era emblemático porque gravações atribuídas à Polícia Federal mostram o filho de Sarney, Fernando, falando sobre a contratação. A gravação mostraria o envolvimento do presidente do Senado na nomeação.

O Boletim Administrativo de Pessoal do Senado vai publicar nesta sexta-feira (28) a convalidação da nomeação e, na mesma edição, a exoneração de Bernardes.

Até agora, o Senado já decidiu manter no cargo 65 dos 79 nomeados por atos secretos, já excluindo Bernardes. Para manter os funcionários nos cargos, o Senado repassou a decisão aos próprios órgãos onde eles estão lotados.

Pela decisão, caberia aos chefes dizerem se pediram a contratação, se o funcionário cumpre seus horários e suas obrigações e se desejavam mantê-los. Em entrevista ao G1, o diretor-geral, Haroldo Tajra, havia dito que a maioria dos nomeados continuaria na Casa.

No dia 24 de julho, Bernardes disse ao G1 que não sabia que sua nomeação havia sido encaminhada por meio de ato secreto: “Sinceramente, não sabia". Bernardes também afirmou que tem um currículo mais do que qualificado para a função que exerce no serviço médico do Senado, pela qual recebe R$ 2,7 mil. Para a Casa, é um privilégio me ter como funcionário, disse na época.

Bernardes é formado em física pela Universidade de Brasília (UnB), tem pós-graduação em economia e contabilidade e ainda acumula experiência na iniciativa privada, onde já ocupou cargo de gerência na área de tecnologia da informação. “Desempenho com excelência todas as minhas tarefas”, reforçou.

Sobre seu desempenho na função no Senado, Bernardes recorre ao chefe para atestar sua competência e assiduidade no trabalho. “Se quiser, pode conversar com o diretor para comprovar”, disse.

O Senado chegou a anunciar no início do mês o bloqueio do salário dos 79 funcionários, mas a agilidade da regularização deve tornar a medida sem efeito em quase todos os casos.


SENADO VALIDA CONTRATAÇÃO DE SUPOSTO NAMORADO DA NETA DE SARNEY

Decisão deve ser publicada nesta sexta-feira (28).
Dos 79 nomeados por ato secreto, 65 já têm situação regularizada.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O Senado decidiu convalidar a contratação de Henrique Dias Bernardes, suposto namorado de uma neta do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que foi nomeado por ato secreto. A decisão, tomada no final da tarde dessa quinta-feira (27), deve ser publicada nesta sexta-feira (28). Além dele, serão publicadas a convalidação de outras 20 contratações.

Até agora, o Senado já decidiu manter no cargo 66 dos 79 nomeados por atos secretos. O caso de Bernardes é emblemático porque gravações atribuídas à Polícia Federal mostram o filho de Sarney, Fernando, falando sobre a contratação. A gravação mostraria o envolvimento do presidente do Senado na nomeação.

Para manter os funcionários nos cargos, o Senado repassou a decisão aos próprios órgãos. Caberia aos chefes dizerem se pediram a contratação, se o funcionário cumpre seus horários e suas obrigações e se desejavam mantê-los. Em entrevista ao G1, o diretor-geral, Haroldo Tajra, já tinha antecipado que a maioria dos nomeados continuaria na Casa.

No dia 24 de julho, Bernardes disse ao G1 que não sabia que sua nomeação havia sido encaminhada por meio de ato secreto: “Sinceramente, não sabia". Bernardes também afirmou que tem um currículo mais do que qualificado para a função que exerce no serviço médico do Senado, pela qual recebe R$ 2,7 mil.Para a Casa, é um privilégio me ter como funcionário”, disse na época.

Bernardes é formado em física pela Universidade de Brasília (UnB), tem pós-graduação em economia e contabilidade e ainda acumula experiência na iniciativa privada, onde já ocupou cargo de gerência na área de tecnologia da informação. “Desempenho com excelência todas as minhas tarefas”, reforçou.

Sobre seu desempenho na função no Senado, Bernardes recorre ao chefe para atestar sua competência e assiduidade no trabalho. “Se quiser, pode conversar com o diretor para comprovar”, disse.

O Senado chegou a anunciar no início do mês o bloqueio do salário dos 79 funcionários, mas a agilidade da regularização deve tornar a medida sem efeito em quase todos os casos.


PALOCCI NÃO QUEBROU SIGILO BANCÁRIO DO CASEIRO, DIZ GILMAR MENDES

‘Não há elementos mínimos’ de que ele tenha ordenado a quebra, disse.
Ministro, no entanto, defendeu abertura de ação conta Jorge Mattoso.

Diego Abreu
Do G1, em Brasília

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, votou pela absolvição do ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), no julgamento iniciado às 14h35 desta quinta-feira (27). Palocci é acusado de suposta quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Relator do caso, Mendes foi o primeiro dos nove ministros que participam da sessão a votar.

Para Mendes, não há provas de que Palocci tenha ordenado a quebra de sigilo. “A análise dos autos permite concluir que não há elementos mínimos que apontem para a uma iniciativa e menos ainda para uma ordem dele para que se fizesse uma consulta ou emissão e impressão de dados sobre a conta de Francenildo”, afirmou o ministro.
Apesar de entender que Palocci não tenha cometido crime, Mendes considerou que o ex-ministro não era “autoridade competente para receber informações sobre irregularidades na conta, como se houvesse um dever de subordinação hierárquica”. “A análise dos autos mostra que não há dúvida de que ele teve acesso ao extrato bancário. Ele próprio reconhece”.

Mendes também votou pela absolvição do jornalista Marcelo Netto, assessor de imprensa do Ministério da Fazenda à época dos fatos. O motivo também é a falta de provas contra ambos. Contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso, ele sugeriu que seja aberta ação penal.

Argumento

Mattoso é acusado de ter entregado a Palocci o sigilo bancário de Francenildo, enquanto Netto é suspeito de ter passado a informação sigilosa à imprensa. Ambos negam que tenham quebrado o sigilo do caseiro.

O presidente do STF entendeu que Mattoso deveria ter repassado as informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coafi) do Ministério da Fazenda, e não a Palocci. "Ao constatar irregularidades em movimentações bancárias, a Caixa deverá comunicá-las ao Coafi. Nada indicava ou justificava o trânsito das informações sigilosas no âmbito do gabinete do ministro da Fazenda. O ministro não era a autoridade competente para ser informado da movimentação irregular da conta", destacou.

O advogado Alberto Toron, que defende Mattoso, sustentou que o ex-presidente da Caixa não quebrou o sigilo, apesar de ter repassado o extrato de Francenildo ao ex-ministro. “O que está em causa é a utilização pessoal desses dados. Não há a menor dúvida de que o presidente da Caixa poderia passar a seu superior hierárquico”, disse o advogado.

“O sujeito recebe um dinheiro absolutamente desproporcional aos gastos dele, que ganhava R$ 400, cai na conta dele R$ 40 mil. Ele [Jorge Mattoso] tinha a obrigação legal de pesquisar, exatamente da forma como o fez. Um homem falando absurdos de um ministro de estado. Não é necessário lembrar que esse homem recebeu dinheiro incompatível com as suas receitas”, completou Toron.

Votação

Ainda terão direito a voto mais oito ministros, já que nove magistrados participam da sessão plenária do Supremo desta quinta. Estão ausentes somente Joaquim Barbosa e Menezes Direito, ambos cumprem licença médica.

Caso a maior parte dos ministros acompanhe o voto de Gilmar Mendes, que é o relator do caso, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Palocci e Netto será arquivada, enquanto Mattoso se tornaria réu.

Segundo o Supremo, 20 das 21 acusações contra Palocci que tramitavam na Corte já foram arquivadas, sendo a maioria por falta de provas. Ele sempre negou envolvimento com as irregularidades pelas quais era investigado em processos do Supremo.

Em fevereiro de 2008, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou o ex-ministro pela quebra do sigilo, no processo que corre em segredo de Justiça.


PALÁCIO NÃO REGISTRA PRESENÇA DE LINA EM NOVEMBRO E DEZEMBRO, DIZ JUCÁ

Líder do governo diz que só há registro da ex-chefe da Receita em outubro.
Contrato não obriga guarda de imagens por ao menos seis meses, afirmou.
Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quinta-feira (27) que não existem registros no sistema de segurança do Palácio do Planalto da presença da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, no local nos meses de novembro e dezembro do ano passado.

A ex-secretária diz ter tido um encontro no final do ano passado com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no Palácio. No suposto encontro, Lina teria ouvido de Dilma um pedido para “agilizar” investigações contra José Sarney (PMDB-AP). Dilma nega o encontro e o pedido.

De acordo com Jucá, o sistema do Palácio registra a presença da secretária apenas em outubro do ano passado e em janeiro, fevereiro e maio de 2009. Em outubro, a presença da ex-secretária no Palácio aconteceu no dia 9, com entrada às 10h13 e saída às 11h29. “Nenhuma dessas datas bate com o que ela insinuou, que teria havido em dezembro. Com a palavra a doutora Lina”, disse o líder do governo.

Ele afirmou ainda que o contrato de segurança do Palácio do Planalto não obriga a gravação das imagens do circuito interno por período superior a seis meses. Segundo o líder, a exigência é apenas para dados escritos, como o registro de entrada e saída de pessoas e veículos.

No caso das imagens, de acordo com Jucá, a gravação tem de ser por pelo menos um mês. As câmeras de segurança teriam capacidade de 8 gigabites (quantidade de dados que caberia em quase dois DVDs comuns) de memória e gravam novos dados substituindo os antigos.

Ele destacou que as câmeras não monitoram o interior dos gabinetes no Palácio. O líder do governo observou ainda que o sistema não está atualmente em uso devido à reforma em andamento no Palácio do Planalto.


CELSO DE MELLO RELATARÁ RECURSO CONTRA ARQUIVAMENTO DE CASO SARNEY

Ministro do Supremo Tribunal Federal é citado em pedido de recurso.
Adversários de Sarney querem levar o caso para o plenário do Senado.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O ministro Celso de Mello será o relator do recurso feito pelos adversários de José Sarney (PMDB-AP) ao Supremo Tribunal Federal (STF). No recurso, protocolado nesta quinta-feira (27), sete senadores de cinco partidos pedem que seja levado a plenário no Senado a análise de cinco representações contra o presidente da Casa.

No mandado de segurança, os adversários de Sarney questionam a decisão da segunda vice-presidente do Senado, Serys Shlessarenko (PT-MT), de impedir que o recurso contra o arquivamento de cinco representações feitas por PSDB e PSOL chegasse ao plenário. Na ocasião, Serys argumentou que a Mesa Diretora não poderia alterar decisão do Conselho de Ética.

A designação de Celso de Mello como relator é curiosa porque os adversários de Sarney citam decisões do próprio ministro no mandado de segurança. A primeira menção é quanto à possibilidade de se acionar o Supremo para intervir em processos legislativos. Em outro momento, o ministro é novamente lembrado ao destacar o papel do Conselho de Ética de julgar parlamentares.
Ação

O mandado de segurança assinado por sete senadores foi protocolado mais cedo nesta quinta-feira (27) junto ao Supremo Tribunal Federal.

O recurso foi assinado por José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jefferson Praia (PDT-AM), Kátia Abreu (DEM-TO), Pedro Simon (PMDB-RS), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

No mandado de segurança, os adversários do presidente do Senado argumentam que a decisão de Serys foi “unilateral” e “antiregimental”. “Não havia, como não há, razões jurídicas ou fáticas para o arquivamento das representações e das denúncias contra o senador José Sarney. Do mesmo modo não há razão para que a Mesa Diretora não receba de recurso interposto pelos impetrantes”, argumentam no recurso.

Segundo a assessoria do PSOL, um novo recurso deve ser protocolado na próxima semana em relação às duas representações do partido. A ação por descumprimento de direito fundamental argumentará que o Conselho de Ética não poderia ter julgado a admissibilidade da acusação, tendo aberto de forma direta um processo para averiguar os fatos.

Acusações


O recurso desta quinta-feira contempla cinco representações. A primeira, do PSDB, trata da denúncia de que um neto de Sarney teria usado seu prestígio para intermediar convênios para a operação de crédito consignado com a Casa. Em nota, quando da divulgação da denúncia, o neto de Sarney negou favorecimento.


Outra representação dos tucanos diz respeito aos atos secretos. A ação acusa Sarney pela edição dos atos secretos e anexava gravações de conversas telefônicas que mostram Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, conversando com sua filha sobre a nomeação de um namorado. Em discurso em plenário, Sarney negou envolvimento com os atos e criticou a divulgação das gravações.


A última acusação feita pelo PSDB dizia respeito à Fundação José Sarney. Há suspeitas de que a Fundação possa ter fraudado um contrato de patrocínio de R$ 1,3 milhão com a Petrobras. A Fundação classifica as acusações de “levianas” e diz que a estatal fiscalizou o projeto.


A primeira das acusações do PSOL trata dos atos secretos em termos semelhantes à do PSDB. A representação culpava o presidente do Senado pelos atos não publicados e anexava posteriormente as gravações.


A outra representação do PSOL mandada ao arquivo reúnia alguns temas. O primeiro é o fato de Sarney ter ocultado de sua declaração de bens à Justiça eleitoral uma mansão de R$ 4 milhões. O presidente do Senado chegou a dizer que a não declaração foi um “ ” do contador, mas depois disse que o fato aconteceu por “esquecimento”.


Outra acusação constante da mesma representação era referente à Fundação José Sarney, em termos semelhantes aos da ação do PSDB.



'EXISTE CERTEZA DO CRIME', DIZ PROCURADOR SOBRE CASO DO CASEIRO

Roberto Gurgel defende que o Supremo abra ação penal contra Palocci.
Ex-ministro da Fazenda de Lula é acusado de quebra de sigilo bancário.

Diego Abreu
Do G1, em Brasília

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quinta-feira (27) que “existe certeza do crime e indícios veementes de sua autoria” no caso em que o ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) responde pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O julgamento do caso em que Palocci, Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, e Marcelo Netto, assessor de imprensa do Ministério da Fazenda à época dos fatos, respondem pela suposta quebra de sigilo começou às 14h35. O STF analisará nesta tarde se aceita ou não a denúncia contra os três.
“A prova definitiva será necessariamente feita no curso da instrução, com observância do contraditório e do direito da ampla defesa”, destacou Gurgel, em seu parecer oral apresentado em plenário nesta tarde.
Na época dos fatos, Mattoso teria entregado a Palocci o sigilo bancário de Francenildo, enquanto Netto teria passado a informação sigilosa à imprensa. Ambos negam que tenham quebrado o sigilo do caseiro. Se aceita a denúncia, os três acusados poderão passar à condição de réus e responder a ação penal no Supremo por quebra de sigilo, crime com pena prevista de até quatro anos de cadeia.

“A quebra do sigilo telefônico dos terminais revelou que nos dias 16 e 17 de março [de 2006], Palocci e Marcelo Netto mantiveram numerosos contatos entre si, o que não era usual. Não se tinha a mesma frequência de ligação. Aliás, longe disso”, destacou o procurador.

“Quando Marcelo Netto foi chamado para ir residência do ministro da Fazenda, ele sabia que estava sendo providenciado extrato de Francenildo para divulgação nos meios de comunicação”, acrescentou Gurgel.

Apó a leitura do parecer do procurador, o presidente do STF, Gilmar Mendes, que é o relator do processo, suspendeu a sessão para intervalo. Na volta, os advogados dos três acusados farão a sustentação oral em defesa de seus clientes. E, somente, após as intervenções das partes, Mendes deverá proferir seu voto. Depois do relator, oito ministros ainda terão direito a voto.


ADVERSÁRIOS DE SARNEY RECORREM AO STF CONTRA ARQUIVAMENTOS

Sete senadores de cinco partidos assinam recurso.
Na semana passada, conselho arquivou ações contra Sarney.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

Um mandado de segurança assinado por sete senadores foi protocolado nesta quinta-feira (27) junto ao Supremo Tribunal Federal contra o arquivamento de todas as ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O recurso, assinado por José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jefferson Praia (PDT-AM), Kátia Abreu (DEM-TO), Pedro Simon (PMDB-RS), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO), é contra a decisão da segunda vice-presidente da Casa, Serys Slhessarenko (PT-MT), que impediu a análise em plenário de cinco representações contra Sarney, feitas por PSDB e PSOL. Antes, o Conselho de Ética já tinha recusado as cinco representações e outras seis denúncias.

No mandado de segurança, os adversários do presidente do Senado argumentam que a decisão de Serys foi “unilateral” e “antiregimental”. “Não havia, como não há, razões jurídicas ou fáticas para o arquivamento das representações e das denúncias contra o senador José Sarney. Do mesmo modo não há razão para que a Mesa Diretora não receba de recurso interposto pelos impetrantes”, argumentam no recurso.

Segundo a assessoria do PSOL, um novo recurso deve ser protocolado na próxima semana em relação às duas representações do partido. A ação por descumprimento de direito fundamental argumentará que o Conselho de Ética não poderia ter julgado a admissibilidade da acusação, tendo aberto de forma direta um processo para averiguar os fatos.

Acusações

O recurso desta quinta-feira contempla cinco representações. A primeira, do PSDB, trata da denúncia de que um neto de Sarney teria usado seu prestígio para intermediar convênios para a operação de crédito consignado com a Casa. Em nota, quando da divulgação da denúncia, o neto de Sarney negou favorecimento.

Outra representação dos tucanos diz respeito aos atos secretos. A ação acusa Sarney pela edição dos atos secretos e anexava gravações de conversas telefônicas que mostram Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, conversando com sua filha sobre a nomeação de um namorado. Em discurso em plenário, Sarney negou envolvimento com os atos e criticou a divulgação das gravações.

A última acusação feita pelo PSDB dizia respeito à Fundação José Sarney. Há suspeitas de que a Fundação possa ter fraudado um contrato de patrocínio de R$ 1,3 milhão com a Petrobras. A Fundação classifica as acusações de “levianas” e diz que a estatal fiscalizou o projeto.

A primeira das acusações do PSOL trata dos atos secretos em termos semelhantes à do PSDB. A representação culpava o presidente do Senado pelos atos não publicados e anexava posteriormente as gravações.

A outra representação do PSOL mandada ao arquivo reúnia alguns temas. O primeiro é o fato de Sarney ter ocultado de sua declaração de bens à Justiça eleitoral uma mansão de R$ 4 milhões. O presidente do Senado chegou a dizer que a não declaração foi um “equívoco” do contador, mas depois disse que o fato aconteceu por “esquecimento”.

Outra acusação constante da mesma representação era referente à Fundação José Sarney, em termos semelhantes aos da ação do PSDB.


PROJETO QUE ALTERA LEGISLAÇÃO ELEITORAL É RETROCESSO, DIZ PRESIDENTE DO TRE DO RIO

Agência Brasil

O projeto de lei que trata da reforma eleitoral, já aprovado pela Câmara e em análise no Senado, foi classificado nesta quarta-feira (26/8) como "engodo e retrocesso" pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, desembargador Alberto Motta Moraes. Ele vai receber, a partir desta quinta-feira (27/8), presidentes de tribunais regionais eleitorais de todo o país para debater as normas a serem aplicadas nas eleições do próximo ano.

O principal assunto será a votação pelo Congresso do projeto que muda diversos artigos da legislação eleitoral. A matéria deverá ser apreciada pelo Senado e novamente pela Câmara, caso sofra alterações, antes de ser promulgada até o próximo dia 3 de outubro para valer nas próximas eleições.

"Nos preocupa muito essa reforma eleitoral. Vamos debater e ver o que a Justiça Eleitoral pode contribuir para a melhora desse projeto, que não se apresenta de uma forma muito agradável. Não traz benefícios para a vida pública nem para a democracia brasileira", disse Motta Moraes.

Entre os pontos criticados pelo desembargador, estão as tentativas no projeto de contornar a prestação de contas e de limitar a propaganda eleitoral. Outra iniciativa atacada por Motta Moraes é a tentativa dos partidos de terem acesso irrestrito ao cadastro de eleitores, inclusive com dados pessoais.

O projeto libera a propaganda paga na internet, onde poderá ser feita doação via cartão de crédito, além de tornar mais fácil doações de dinheiro dos partidos para os candidatos.

Mas o que mais vem desagradando a Justiça Eleitoral, segundo o presidente do TRE do Rio, é o prazo de até 15 dias, após a diplomação do eleito, para ser aberto processo contra ele.

"Esse é um dos problemas cruciais. É tornar absolutamente inviável qualquer procedimento que busque apurar irregularidades ou ilegalidades. Em 15 dias e com o volume de candidatos que vamos ter, exigir do Ministério Público ou da Polícia Federal que obtenha elementos para se abrir um processo é querer tapar o sol com a peneira", criticou Motta Moraes. E completou: "Estaremos de pés e mãos amarrados. Não se está querendo ter transparência, democracia, uma coisa limpa. Pelo contrário, se está querendo esconder coisas ou jogar o lixo para baixo do tapete".

Para ele, se o projeto for aprovado com está será prejudicial à população. "Será um engodo. Um retrocesso misturado com tempero de engodo. Uma satisfação pública de que teria sido feita a reforma política, quando na verdade estaria sendo feita uma reforma partidária. O benefício é para o partido, não é para a democracia", afirmou o desembargador: "Isso vai desagradar e tornar muito difícil a atuação da Justiça Eleitoral. Estão inteiramente na contramão e buscando o retrocesso".