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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

JOGO DO PODER COM JOSÉ DIRCEU (01/09)




O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu é o entrevistado desta semana em Jogo do Poder, programa que eu apresento todas as quartas-feiras às 22:30 na CNT, logo após o CNT Jornal. Clique na imagem (quando ela aparecer) para assistir. Veja aqui como sintonizar em sua cidade. Participa também Luiz Carlos da Rocha, da CNT-PR. Para ver os programas anteriores, vá à lista.


NO MARANHÃO RAIMUNDO CUTRIM, SECRETARIO DE SEGURANÇA, ANULA TODAS AS PORTARIAS DE 2006 A 17 DE ABRIL DE 2009

Por Raimundo Garrone

Muito estranha a atitude do secretário de segurança Raimundo Cutrim que baixou portaria anulando todas as outras portarias editadas desde o dia 30 de Janeiro de 2006 a 17 de abril de 2009, período em que ele, Cutrim, esteve fora da Secretaria.

O secretário justifica que está coadunando as ações de sua pasta à atual realidade do Sistema de Segurança Pública depois do advento da Medida Provisória de 23 de abril de 2009, que dispõe sobre a Reestruturação Organizacional do Poder Executivo.

Se necessário fosse anular todas as portarias anteriores, todas as outras secretarias também deveriam fazer o mesmo.

E se assim o fosse seria necessário um grupo de trabalho para selecionar as portarias que contrariam a MP.

A lei não pode retroagir para prejudicar outrem, ainda mais uma portaria.

Com a decisão de anular todas, fica sem efeito uma série de lotações, remoções, transferências, enfim todos os atos administrativos praticados fora de sua gestão.

A intenção do secretário é uma incógnita, embora se acredite que ao anular todas, ele possa estar encobrindo a verdadeira portaria que deseja anular.


COLLOR É ELEITO IMORTAL DA ACADEMIA ALAGOANA DE LETRAS

da Folha Online

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi eleito na manhã desta quarta-feira como o novo imortal da AAL (Academia Alagoana de Letras).

Collor era o único candidato que se apresentou para a eleição do novo imortal que ocupará a cadeira 20, que era do médico Ib Gatto Falcão, que morreu em dezembro do ano passado.

A AAL possui 40 cadeiras. Dos 39 imortais, 30 compareceram à sessão convocada para realizar a votação. 22 votaram pela escolha de Collor, e oito votaram em branco.

Ainda não foi marcada uma data para a posse de Collor na Academia. Apenas representantes do senador estavam presentes à eleição, já que ele se encontra em Brasília.

Segundo a AAL, Collor apresentou sete livros para poder se candidatar. Um deles seria o esboço de um livro onde pretende contar bastidores do processo de impeachment que sofreu quando era presidente, em 1992.


MINISTRO DA CGU DIZ QUE BRASIL NÃO TEM LEIS PARA DESENCORAJAR A CORRUPÇÃO

da Agência Brasil

O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, afirmou nesta quarta-feira que o país não tem aparato legal para a aplicação de penalidades que desencorajem a prática de ilícitos. "O que existe é pouco", disse, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro.

Hage explicou que a atual legislação permite à CGU apenas aplicar multas, suspensões e declaração de inidoneidade. Segundo ele, não é possível, por exemplo, determinar o ressarcimento aos cofres públicos ou a extinção da empresa corrupta.

"Não temos forma de atingir o patrimônio da empresa. É algo complicado, difícil, porque pressupõe a responsabilidade de um agente público. São lacunas administrativas. Precisamos de novas normas nessa área", afirmou.

Ainda sobre a punição de empresas, o ministro lembrou que o processo judicial no Brasil "lamentavelmente não termina nunca", uma vez que são oferecidos "recursos e chicanas protelatórias". Para Hage, isso resulta na sensação que a sociedade tem de impunidade.

"Precisamos de instrumentos legais que permitam alcançar o patrimônio da empresa diretamente e que não dependem da prova da culpa. Essas normas o Brasil não tem. O que mais interessa é o ressarcimento dos cofres públicos."


SARNEY REDUZIRÁ PARA SETE Nº DE DIRETORIAS E NEGA TEMER MANCHA EM SUA BIOGRAFIA

da Agência Brasil

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que reduzirá para sete o número de diretorias na Casa e mostrou disposição para enfrentar as resistências da burocracia da Casa. "Sete diretores é a proposta que tem, existem as resistências e nós vamos fazer a reforma administrativa que me propus a fazer", disse Sarney em entrevista à TV Brasil.

O peemedebista pediu à FGV (Fundação Getúlio Vargas) um estudo para enxugar o quadro funcional e conter os gastos excessivos. A decisão foi tomada como reação a uma série de denúncias de desmandos administrativos publicadas na imprensa, inclusive sobre a edição dos atos secretos.

Sarney ressaltou a avaliação já feita aos senadores, em discurso no plenário, de que a crise não é só responsabilidade dele. O parlamentar lembrou que o Senado convive há pelo menos dez anos com sucessivas crises que envolveram os ex-presidentes Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ele não remete a paralisia da Casa somente a questões administrativas. Sarney afirmou que o acirramento da disputa com o senador Tião Viana (PT-AC) criou "cicatrizes", o que inviabilizou qualquer possibilidade de negociação após a eleição de 2 de fevereiro. Outra parcela da crise, o peemedebista credita à antecipação da disputa presidencial de 2010.

"Eu comecei a ser visto não como um presidente do Senado, como das outras vezes tinha sido, mas como uma peça que sendo do PMDB, ligado ao presidente Lula, eu evitaria que o PMDB em qualquer circunstância pudesse deixar de ser aliado do presidente Lula."

Especificamente sobre o PT, Sarney afirmou que existem grupos que jamais o aceitaram como aliado do presidente Lula. Como consequência, responsabiliza os integrantes desses "grupos" como parte responsável pela situação em que se encontra a Casa. "[Eles] colaboraram até a última hora, nós assistimos a isso no desenrolar dessa crise."

O ex-presidente da República e presidente do Senado por duas vezes destacou que em todo o processo de sucessão de Garibaldi Alves (PMDB-RN) resistiu até o último momento a exercer o comando da Casa pela terceira vez. Ele confessou-se arrependido por ter cedido aos apelos da bancada peemedebista, mas disse que como homem de partido não lhe restou outro caminho a tomar.

"Eu não queria de jeito nenhum me meter nisso e neguei muitas vezes e era com absoluta sinceridade", disse. Numa das reuniões da bancada peemedebista teriam lhe dado "o argumento-chave" de que a entrega do comando do Senado a Tião Viana ou a qualquer outro candidato colocaria em risco planos de reeleição de 17 dos 20 senadores que pretendem concorrer à reeleição em 2010.

"Isso era importante para que o partido tivesse uma posição. Eu não poderia ser egoísta abandonando meus colegas naquele momento", acrescentou Sarney, que acreditava numa reconciliação com os petistas e tucanos após sua eleição.

Apesar de ressentido pela série de denúncias atribuídas a ele, inclusive envolvendo familiares, que resultaram numa série de pedidos de abertura de investigações no Conselho de Ética, o senador disse que não teme qualquer mancha em sua biografia política e pessoal.

"Eu acho que isso é uma coisa que senti muito, senti profundamente, foi uma profunda injustiça que cometeram comigo. Eu não merecia isso e o povo brasileiro vai ver que eu não merecia."


PREFEITO DE MACAPÁ AGRIDE DEPUTADO CAMILO NA ASSEMBLÉIA


Hoje, 02, pela manhã na sala da presidência da Assembléia Legislativa, o prefeito de Macapá Roberto Góes, cassado pela justiça eleitoral, deixou de dar expediente na prefeitura de Macapá e agrediu verbalmente e fisicamente o seu adversário no pleito do ano passado para a Prefeitura de Macapá, deputado Camilo Capiberibe(PSB).

Segundo relato do deputado Camilo, corroborado pelo colega também deputado Ruy Smith(PSB), foi assim que o fato aconteceu: Por volta das 9h30min, o deputado Camilo chegou na ante-sala da presidência da Assembléia, quando o prefeito Roberto Góes já estava lá. O deputado Camilo cumprimentou os presentes, inclusive o prefeito que estava lá sentado. Roberto Góes puxou conversa com o deputado e começou a dizer que estava armando para Camilo e disse que ia pegar ele (Camilo), seu pai, sua mãe e seus irmãos – O deputado Camilo respondeu dizendo para fazer o que quisesse fazer – “armação maior do que a que tu fizeste no segundo turno das eleições é impossível”, disse Camilo, ao que Roberto respondeu que havia ganho a eleição. “Tu roubaste a eleição”, disse Camilo – “tu ta la por enquanto, não se sabe por quanto tempo”, completou Camilo – foi então que Roberto Góes se descontrolou, jogou um copo d’água no deputado Camilo e partiu para cima para agredir fisicamente e a ai os deputados Ruy Smith e Cacá Barbosa seguraram ele. “Eu considero isso um embate político e estou tornando público para o caso de acontecer algo comigo, todos saibam quem está por trás”, disse o deputado Camilo Capiberibe.

O deputado Ruy Smith se solidarizou na tribuna da Assembléia com o deputado Camilo Capiberibe, “eu lamento o destempero do prefeito em função de que as disputas políticas têm que ficar no debate – essas questões não devem ocorrer quando se trata de pessoas publicas até para manter o decoro do cargo, eu me solidarizo com o deputado Camilo, nenhuma desavença política pode descambar para o destempero verbal e muito menos para o físico, o desrespeito à pessoa”, declarou ao blog o deputado Ruy Smith.


COMISSÕES DO SENADO APROVAM REFORMA ELEITORAL QUE LIMITA PROPAGANDA NA WEB

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

As Comissões de Constituição e Justiça e Ciência e Tecnologia do Senado aprovaram nesta quarta-feira o texto-base do parecer que muda a lei eleitoral brasileira, mas ainda vão analisar alguns pontos polêmicos que vão ser votados em separado.

Entre as modificações está a permissão para que candidatos à Presidência da República façam propaganda eleitoral em sites noticiosos, com limitações impostas pela proposta. Segundo o texto, os candidatos à Presidência poderão pagar por anúncios de sua candidatura nos sites, desde que tenham o tamanho máximo de um oitavo da página --e de um quarto nos anúncios em jornais ou revistas.

Cada candidato também só poderá inserir até 24 propagandas durante a campanha, para permitir que os demais tenham acesso à mesma publicidade. Apesar de liberar a propaganda para os presidenciáveis, como já ocorre nos jornais e revistas, o texto limita os poderes da internet nas eleições. Assim como nas rádios e TVs, os candidatos devem ter o mesmo espaço nos sites, que também estão proibidos de manifestar sua opinião sobre o pleito.



"No processo de discussão da matéria, formou-se a convicção de que a propaganda paga na internet deveria ser adotada, inicialmente, apenas na eleição para presidente da República porque não se encontrou um caminho que assegurasse tratamento isonômico a todos os candidatos aos demais cargos", diz o parecer.

Segundo o texto, os candidatos só podem anunciar em sites de divulgação de notícias, informações ao público em geral ou de busca. Os partidos ou candidatos que desrespeitarem as regras, estão sujeitos a multa que varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil. São proibidos anúncios em sites oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta da União, Estados e municípios.

O texto, que deve ser analisado pelo plenário da Casa ainda hoje, tem que ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 2 de outubro para que as mudanças entrem em vigor nas eleições de 2010.

Como o texto aprovado pela Câmara sofreu mudanças no Senado, o parecer terá que seguir para nova votação pelos deputados depois de aprovado pelos senadores.

Inaugurações

Os senadores acataram emenda que proíbe publicidade oficial que mostre inauguração de obras ou lançamento de pedra fundamental seis meses antes das eleições. Na prática, o presidente Lula ou governadores que vão disputar a presidência da República em 2010 estariam proibidos de mostrar na TV obras de programas sociais do governo --apesar de serem a principal bandeira de campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

Outra emenda aceita no projeto proíbe a ampliação de programas sociais no ano eleitoral --uma vez que hoje é vetada apenas a criação de novos programas. A versão original da emenda era mais dura, proibindo também reajuste no valor dos benefícios de programas como o Bolsa Família. Mas os senadores decidiram autorizar reajustes nos programas, sem mudanças nas suas regras no período pré-eleitoral.

Os parlamentares decidiram obrigar as rádios e TVs comunitárias a transmitirem o horário eleitoral gratuito no período pré-eleitoral, mas as TVs por assinatura não serão obrigadas a transmitir a propaganda gratuita.

O projeto também mantém a proibição para a propaganda eleitoral em locais públicos, como ruas e avenidas. Em casas particulares, o acordo prevê que só estarão permitidas faixas ou cartazes não colantes (banners), no tamanho máximo de 4 metros quadrados. Mesmo em propriedades privadas, estão proibidos pinturas em muros, placas ou cartazes.

Os senadores ainda decidiram acabar com o voto impresso. Se houver necessidade de auditagem nas urnas eletrônicas, o conteúdo digital terá que estar disponível para conferência até seis meses depois das eleições. Pelo acordo fechado entre os senadores, não há possibilidade de voto em trânsito se o eleitor não estiver no Estado que é seu domicílio eleitoral.

Mulheres

Também houve acordo para ampliar a participação das mulheres nas eleições. Os partidos terão que preencher 30% das suas vagas com mulheres, que terão 10% do tempo de propaganda eleitoral gratuita e 5% do fundo partidário. Os partidos que não cumprirem essa determinação sofrerão advertência e acréscimo no tempo das mulheres na propaganda partidária --assim como aumento dos repasses partidários para as candidatas.

Outra mudança diz respeito às dívidas de campanha. O texto acordado pelos senadores prevê que o próprio candidato ou o diretório regional do partido deve arcar com dívidas eleitorais, sem transferi-las de imediato para instâncias superiores da legenda. Ficam liberadas, pelo projeto, doações de campanha pela internet, cartão de débito, crédito, transferência, boleto bancário ou telefone --desde que identificado o doador com a emissão do recebido pelo partido ou candidato.

Debates

Os senadores aprovaram emenda que obriga as emissoras de rádio e televisão a convidar apenas dois terços dos candidatos aos cargos eletivos para participação nos debates eleitorais. Também fica assegurada, pelo texto, a participação nos debates de candidatos filiados a partidos que têm bancadas maiores a dez parlamentares na Câmara dos Deputados.

O objetivo da mudança, segundo o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), é evitar a participação dos chamados "candidatos nanicos" nos debates eleitorais, como reivindicam as emissoras.

"As candidaturas representativas vão ser convidadas. Mas o mínimo de 10 parlamentares é cláusula de barreira para não prejudicar o pleito. Quem alcançou patamar de representatividade no Congresso, tem o direito de disputar", afirmou.

Se a regra for mantida pela Câmara, os principais pré-candidatos à Presidência da República poderão participar dos debates --com exceção da ex-senadora Heloísa Helena, uma vez que o PSOL não reúne dez parlamentares no Legislativo.

O texto abre brecha, porém, para que as emissoras estejam liberadas a convidar os candidatos que desejar, o que incluiria a pré-candidata do PSOL nos debates.


NO MARANHÃO DEPUTADO DENUNCIA SUPOSTA AMEAÇA DE SECRETÁRIO

Por Raimundo Garrone

O deputado Alberto Franco denunciou nesta quarta-feira na tribuna da Assembleia que está sendo ameaçado pelo secretário de segurança Raimundo Cutrim, e que teme que sua família também seja atingida pelas práticas tortuosas do ex-delegado da Polícia Federal.

- Se acontecer alguma coisa comigo ou minha família atribuo a esse senhor – avisou Franco.

A fúria do deputado deve-se ao inquérito que investiga suposto desvio de recursos do Hemomar, durante o governo José Reinaldo, então controlado por indicações de Franco.

Segundo o deputado “o inquérito é fajuto” e foi montado para atingi-lo, já que o Hemomar não tem autonomia financeira, e que “um delegado torturador” tentou obrigar a uma testemunha a envolver o seu nome.

-Estão fazendo tortura psicológica. Mas não sou bandido, nem faço parte da turma do Cutrim, que possui métodos de tortura conhecido – garantiu.

Alberto Franco prometeu apresentar denúncias verdadeiras que envolvem o secretário em “traquinagens”, e classificou as atitudes de Cutrim de “molecagem”, além de outros adjetivos de baixo calão.

Diante das investidas de Raimundo Cutrim, Alberto Franco que já estava com um pé no governo, avisou que pode recuar e continuar no PSDB, em oposição a “esse governo que mantém um secretário como esse”.

Franco já havia denunciado as investidas de Cutrim contra os prefeitos, condicionando reforço policial ao apoio político em 2010.


NO MARANHÃO POLÍCIA CIVIL DECRETA GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Delegados rejeitam proposta do governo e paralisam atividades por 24 horas

POR JULLY CAMILO

Na manhã de ontem, policiais civis, investigadores, comissários e escrivães entraram em estado de greve por tempo indeterminado. Já os delegados da Polícia Civil paralisaram suas atividades por 24 horas. As categorias reivindicam sua inclusão no Plano de Valorização Profissional do Governo do Estado, que excluiu a classe sem qualquer justificativa. A Secretaria de Segurança Pública apresentou uma proposta de 12% fora do subsídio, além da exclusão dos profissionais que não estão na ativa. Durante uma assembléia realizada na Associação de Delegados da Polícia Civil do Maranhão (Adepol/MA), na Rua da Palma, no final da manhã, os delegados rejeitaram a proposta e anunciaram que uma nova paralisação está marcada para os dias 10 e 11 por 48 horas. Caso as negociações não avancem a categoria também parará por tempo indeterminado.

Policiais civis – De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), Amon Jessen, a motivação da greve é exclusão da classe no Plano de Valorização do Governo. Ele afirmou que atualmente existem cerca de 1.900 policiais na ativa e a greve abrange todo o estado. “Manteremos o percentual de 30% do efetivo policial. Pois, não queremos penalizar a população, apenas reivindicar nossos direitos. Houve uma proposta apresentada pelo governo de 12% em cima do subsídio, mas em forma de gratificação, ela será apresentada em assembléia no final da tarde e juntos decidiremos pelo rumo do movimento. Enfatizando que apenas a Polícia Civil foi deixada de fora do Plano, a Polícia Militar, por exemplo, recebeu um reajuste de 23% em cima do subsídio”, declarou.

Foto: G. FERREIRA
Policiais civis, em greve, se concentraram em frente ao Plantão Central da Reffsa

Delegados – Os delegados afirmam que também estão insatisfeitos com a não inclusão da categoria no Plano de Valorização do Servidor Público do Governo do Estado, lançado no último dia 17 de julho. O Plano concedeu uma média de aumento de 40% nos salários de diversos servidores públicos, exceto dos policiais civis. A categoria explicou que a justificativa do Governo para a exclusão da classe foi por acreditarem que eles teriam sido beneficiados no Plano de Cargos e Carreiras do governo anterior, mas segundo eles, isso não ocorreu.

Segundo o presidente da Adepol, Marcos José de Morais Affonso Jr., as negociações entre a categoria e a Secretaria de Segurança não avançaram, pois as negociações já duram mais de um mês e está é a oitava assembléia promovida pelos delegados, sem acordo por parte do governo. “Na semana passada nos reunimos com o secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, mas as negociações não progrediram. Ele nos apresentou uma proposta de reajuste salarial de 12% sobre gratificações dos delegados. No entanto, por unanimidade, a classe decidiu não aceitar a oferta e exigiu reajustes sobre o subsídio. Caso as negociações ao avancem vamos parar por tempo indeterminado. Lembrando que o acesso vai ser restrito, mas não vamos deixar a população desassistida, os plantões continuarão funcionando”, garantiu.

Mas, parece que na prática a história é outra. O promotor de vendas, Protásio Neto, afirmou que se acidentou de moto na última sexta-feira, 28, e quebrou a clavícula, porém só hoje conseguiu liberação médica para sair do repouso. “Cheguei aqui no Plantão da Beira-Mar, mas não consegui registrar ocorrência, pois a prioridade não é grave segundo o atendente. Preciso do B.O. para ir ao IML fazer o exame de corpo de delito, mas não consegui registrar nada aqui na delegacia. O pior é que preciso dos documentos para apresentar no trabalho e não estou conseguindo. Não sou contra a reivindicação de ninguém, desde que isso não prejudique os nossos direitos”, disse revoltado.

Delegados pedem apoio ao presidente do TJ

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Freire Cutrim, recebeu ontem, 1º, cerca de trinta delegados filiados à Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol). Eles foram esclarecer antecipadamente questões acerca da paralisação de advertência da categoria – motivada por reivindicações salariais – e pedir o apoio do presidente do TJ.

Jéferson Portela e o vice-presidente da Adepol, Neuton Correa, explicaram que os delegados estão em visita institucional, durante a semana, a representantes de entidades públicas para informar que o objetivo da categoria não é a greve, mas a busca pela valorização salarial. Segundo eles, os delegados não foram enquadrados no plano de aumento salarial do governo do Estado.

Raimundo Cutrim manifestou apoio à reivindicação e se dispôs a fazer o que tiver ao alcance para ajudá-los. O presidente do TJ pretende o diálogo com setores do governo.

O desembargador Mário Lima Reis participou do encontro e disse apoiar o pleito. O magistrado acredita que o delegado, a exemplo do policial, trabalha de forma exposta, pelo que deve ser recompensado.


SARNEY DECLARA AMOR A DILMA 2010 E DIZ QUE FARÁ TUDO PARA PMDB ACOMPANHAR DILMA NA SUCESSÃO PRESIDENCIAL

Publicado por Pax em 02/09/2009

José Sarney, presidente do Senado, declara que fará tudo para que o PMDB, ou o mosaico fisiologista do partido, consolide a aliança com o PT para a eleição de Dilma Rousseff em 2010.

A declaração é concomitante ao lançamento do modelo de exploração do pré-sal. Curiosamente concomitante.

O atual ministro das Minas e Energia é um apadrinhado de Sarney, Edison Lobão. Os interesses do PMDB não param por aí.

É natural que o PT faça suas alianças para disputar em 2010, em todos os âmbitos, federal, estadual e municipal, mas o custo da aliança com Sarney, seja em favores e privilégios no governo, seja na imagem de Lula, Dilma e do próprio PT, são enormes. Uma parte desse comprometimento, sabe-se, chega ao ilegal, ao acobertamento de ilicitudes.

O PT perde em imagem o que ganha em conchavos eleitorais. E perde também em seus quadros. Uma parte da militância já debandou.

Lula e José Dirceu devem saber o que estão fazendo. Me permito discordar.

Por mais que entenda que hoje o PSDB também virou um estrupício de partido – tal e qual o PT no mesmo sentido – que comporta quadros como Eduardo Azeredo, Yeda Crusius et caterva, me repito ao afirmar que entendo o PT mais parecido com o PSDB que com o PMDB.

Se é que hoje PT e PSDB tenham alguma imagem e sentido ideológico-partidário.

Tudo indica, infelizmente, que em 2010 teremos o quadro já definido e indigesto. De um lado PT com PMDB, de outro PSDB com DEM. E a bandeira ideológica, mas não prática, do PV, em leilão.

Brasília – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente do Senado, José Sarney, e o presidente Lula participam da cerimônia de lançamento das regras de exploração do pré-sal Foto: Wilson Dias/ABr

Sarney diz que fará tudo para PMDB acompanhar Dilma na sucessão presidencial

Marcos Chagas – Repórter da Agência Brasil

Brasília – No que depender da força política que exerce no PMDB, o presidente do Senado, José Sarney (AP), fará de tudo para que o partido consolide a aliança com o PT para a eleição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, numa eventual candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Apesar disso, o peemedebista afirmou em entrevista que vai ao ar às 22h no programa 3 a 1, da TV Brasil, que sua aliança com Lula não interfere na forma como conduz o Senado Federal.

Sarney acrescentou que parte da crise enfrentada no comando da Casa deve-se justamente ao apoio à continuidade das políticas implementadas nos oito anos de governo petista. “Se depender de mim [Dilma terá o apoio do partido] e eu estou pagando um pouco por isso, justamente porque eu defendo que a melhor solução para o PMDB é acompanhar o acordo que tem com o presidente Lula e acompanhá-lo na sucessão para dar prosseguimento ao que ele está fazendo.”

Durante a entrevista, Sarney evitou comentar sobre os potenciais candidatos presidenciais que já têm os nomes divulgados pela imprensa. Especificamente sobre Dilma Rousseff, no entanto, ele disse que a ministra representa “a continuidade do governo Lula” e, na medida em que as ações implementadas estão dando certo se faz necessário prosseguir.

Sarney foi objetivo nas avaliações sobre a classe política atual. “Confesso que sinto que estamos diminuindo muito de qualidade”, disse no 3 a 1. Para ele, a queda da qualidade dos políticos, também constatada pelo senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) em entrevista à Agência Brasil quando estava no comando da Casa, não pode ser ater ao número de suplentes que hoje ocupam boa parte das 81 cadeiras no Senado.

O pano de fundo, na sua avaliação, é a falta de vontade que existe no Congresso de realizar a reforma política, assunto que sempre vem à tona nos momentos de crises do Executivo ou do Legislativo para logo ser esquecido.

“Os congressistas não fazem a reforma política porque cada um tem a ideia que conseguiu para ser eleito dentro deste sistema e se mudar ele não consegue ser eleito [novamente]. Então ele não muda, e o resultado é que continuamos dentro dessa realidade”, analisou.

Por conta da indisposição de se atualizar o sistema eleitoral, José Sarney ressaltou que hoje o país se sustenta na pessoa do Presidente da República. “Ele é o ponto de coesão nacional porque as instituições estão em frangalhos, inteiramente dissociáveis. No dia em que nós tivermos um presidente que for ‘tantan’, aí isso aqui vira uma bagunça que não tem tamanho.”

Ele ressaltou que a degradação dos Três Poderes ocorre há tempos. Ele ressalvou, entretanto, que a capacidade de lidar com as crises dos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e de Lula foram fundamentais para aguentar as consequências do enfraquecimentos dessas instituições até o momento.