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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

'COLLOR TEM DOM DA SÍNTESE', DIZ PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DE AL

Eleito para academia na quarta (2), Fernando Collor era o único candidato.
Segundo instituição, Collor tem 7 livros: coletâneas de artigos e discursos.
Mariana Oliveira
Do G1, em São Paulo

O presidente da Academia Alagoana de Letras (AAL), bispo Dom Fernando Iório, afirmou nesta quinta-feira (3) que o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi eleito para a academia porque tem "enorme dom da síntese".

Collor foi eleito na quarta (2) em votação na academia e tem posse programada para outubro. Foram 22 votos a favor e oito em branco - nenhum contrário. Segundo o presidente da AAL, Collor apresentou sete obras, entre coletâneas de artigos e discursos, e era o único candidato que disputava a cadeira de número 20 da academia.

O bispo Dom Fernando Iório, que preside a academia, afirmou que não participou da comissão que avaliou as obras do senador, mas conhece seu teor. "Não fui da comissão que analisou, mas avaliei a obra dele porque acompanho sempre, sou amigo dele. E ele tem um enorme dom da síntese."

Dom Fernando diz que a posse de Collor ainda está sendo preparada, mas ocorrerá em sessão solene no mês de outubro, ainda sem data definida.

Segundo o bispo, na posse, Collor deve fazer um discurso, com elogio acadêmico, a quem sucede. Ele ocupará a cadeira que era do médico alagoano Ib Gatto Falcão, que morreu no fim do ano passado aos 94 anos e foi presidente da AAL.

Candidato único

Dom Fernando afirmou que o edital para apresentação de candidaturas à cadeira de Falcão ficou disponível por 60 dias, mas somente Collor se candidatou. "Mesmo ele sendo o único, teve apenas oito votos em branco. Nenhum contra. Foi um processo normal, democrático."

Segundo ele, Collor não será o único político da academia, há outros "seis ou sete". "Tem vários políticos, inclusive eu acho que os votos em branco foram dos políticos", disse, em tom de brincadeira.

O bispo, que se diz amigo pessoal de Collor, diz que não influenciou na eleição. "Eu preferia que cinco ou seis tivessem concorrido, mas ninguém mais apresentou candidatura."

A amizade, segundo ele, começou com o pai do senador, Arnon de Mello, que também já foi imortal da academia. "Sou muito amigo porque fui amigo do pai dele. Durante o período em que ele (Collor) estava na presidência, sempre me correspondi com ele."

O papel dos integrantes da academia é, conforme o bispo, discutir uma vez por mês - a primeira quarta-feira -, obra de algum literato, local, nacional ou estrangeiro, e abordar os principais temas em discussão na sociedade.

Procurado pelo G1 para falar sobre a eleição para a academia, o senador Fernando Collor não quis dar entrevista.

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