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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

POLÍCIA DO SENADO PRENDE ESTUDANTES QUE PROTESTAVAM CONTRA SARNEY


Cerca de 10 estudantes faziam manifestação no Salão Azul do Senado.
Eles foram detidos por perturbação da ordem, diz polícia.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília



Uma manifestação nesta quinta-feira (13) de cerca de 10 estudantes contra o presidente do Senado, José Sarney, terminou na sede da Polícia do Senado. Eles estavam no Salão Azul e começaram a entoar gritos de “Fora Sarney”, inscrição que seguravam em pequenos cartazes. Enquanto eram conduzidos para fora do Congresso, continuaram a gritar palavras de ordem e receberam voz de prisão. Os estudantes foram encaminhados para a Polícia do Senado, acusados de perturbação da ordem.

Um dos líderes do movimento, Rodrigo Grassi, conhecido como "Pilha", fez críticas à atuação da polícia e à repressão contra manifestações na casa. “Isso é uma ditadura branda, com segurança perseguindo os estudantes. A Casa está podre. Esse é apenas mais um dos nossos atos secretos populares”, disse, ironizando os atos secretos editados pela Casa nos últimos anos.
Grassi não restringiu as críticas somente a Sarney. “O Sarney é o presidente, ele tem que cair, mas tem que cair toda a Mesa [Diretora]. O Heráclito [Fortes], o [Arthur] Virgílio e o Paulo Duque também têm que cair”, afirmou.

Fortes (DEM-PI) é o primeiro-secretário do Senado; Virgílio (PSDB-AM) admitiu que pagou um curso para um assessor na Espanha; e Duque (PMDB-RJ) é o presidente do Conselho de Ética da Casa. Ele rejeitou todas as 11 representações contra Sarney, uma contra Virgílio e outra contra Renan Calheiros (PMDB-AL).

Enquanto eram encaminhados para a sede da polícia, a manifestação continuou com os estudantes segurando exemplares da Constituição e cantando o Hino Nacional. Os mesmos estudantes já fizeram duas outras manifestações na Casa, usando camisetas com a frase “Fora Sarney” e levando pizzas para o Congresso.


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