Regimento Interno proíbe manifestações dentro do prédio; ação da Polícia Legislativa gerou tumulto
Carol Pires, da Agência Estado

BRASÍLIA - Dez estudantes de um grupo que se intitula Coletivo Independente de Manifesto e Ativismo (Cima) conseguiram entrar no Senado nesta quinta-feira, 13, e se posicionarem em frente ao gabinete do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). No local, eles abriram folhas de papel ofício com a palavra de ordem "Fora, Sarney", escrita em vermelho.
Como o Regimento Interno do Senado proíbe manifestações dentro do prédio, os seguranças começaram a retirar à força os estudantes, que resistiram e foram detidos. Os jovens prestaram depoimento nas instalações da Polícia Legislativa, que funcionam na garagem do Senado.
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Em seu Twitter, o senador Cristóvam Buarque afirma estar há mais de duas horas com sete estudantes e dois menores de idade na delegacia do Senado.
Apesar de serem apenas dez estudantes, quando os agentes que os conduziam chegaram ao Salão Azul, houve um princípio de tumulto, pois o grupo misturou-se ao grande número de repórteres, fotógrafos, policiais legislativos e servidores.
Enquanto os manifestantes eram levados à Polícia Legislativa, um deles, Rodrigo Grassi, coordenador do Cima, gritava para os seguranças: "Aqui, ninguém tem medo de prisão! Vocês deviam prender esses senadores. Estão prendendo estudantes, igual na época da ditadura."
Na terça-feira, 11, os mesmos dez estudantes tentaram entrar no Senado carregando 12 caixas de pizza que simbolizavam o arquivamento de 11 denúncias contra Sarney e uma contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), no Conselho de Ética. A intenção deles era a de entregar as caixas ao presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), mas foram impedidos de entrar no prédio.
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