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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

NO MARANHÃO: OS MOVIMENTOS DAS OPOSIÇÕES A SARNEY

Por Robert Lobato

A semana foi marcada por intensos movimentos políticos marcados, sobretudo, pelo troca-troca de partidos. O grupo Sarney recebeu de volta alguns dos seus antigos aliados, depois de um curto e oportunista estágio nas oposições. Ou seja, a oposição perdeu o que de fato nunca teve, gente como Eduardo Braide, Antônio Bacelar, Alberto Franco, Rigo Teles, entre outros do mesmo naipe.

O importante de tudo isso é que as forças oposicionistas começaram a se mexer e devem, aos pouco, juntar as peças do quebra-cabeça e formar o cenário ideal para derrotar o grupo Sarney em 2010. Há nesse campo, a priori, duas claras candidaturas: a de Flávio Dino e a do governador Jackson Lago, correndo por fora, ainda de forma meio tímida, a possibilidade da candidatura de Domingos Dutra pelo PT.

Outra força importante nesse processo de construção de uma ou várias candidatura oposicionista está o PSDB, um grande partido, mas que aqui no Maranhão sofre da “síndrome do PMDB”, ou seja, tem tamanho e estrutura, mas é incapaz de apresentar um nome para disputar o governo do estado, tal como a acontece como o PMDB nacional que não tem nome para disputar a presidência da República.

O fato é que o deputado Flávio Dino tende a consolidar cada vez mais o seu nome para governador numa velocidade que o impedirá, a certa altura, de recuar para disputar outro cargo. A continuar nesse ritmo, Flávio Dino será mesmo candidato ao governo.

Ocorre que o projeto “Flávio Dino governador” está diretamente relacionado como o resultado do Processo de Eleição Direta do PT. O comunista só será candidato ao governo se conseguir levar o PT para o seu lado.

Tem mais uma coisa: e se o PED der a vitória para a ala do PT que não vê a hora de dividir o palanque ao lado do PMDB de Roseana? Flávio toparia ser candidato de uma terceira via que só se viabilizaria se tivesse o beneplácito de Lula e de Sarney, em Brasília? É uma questão para reflexão.

Já a candidatura do governador Jackson Lago tem a simpatia em setores de vários partidos, um mais, outros menos. Até aqui tem sido a candidatura que mais expressa a luta contra a oligarquia Sarney.

Acho apenas que o companheiro Jackson tem feitos poucos movimentos que realmente o torne efetivamente o líder da oposição e consolide o seu nome, de uma vez por todas, como o principal nome das oposições para o enfretamento contra o grupo Sarney.

A sedução pelos números das pesquisas até aqui, não pode servir de pedestal para que coloquem o Jackson Lago sobre os outros, e muito menos como venda para que o impeçam de ver outras possibilidades para 2010, que não somente a do governo.

Penso que o saldo do troca-troca de partidos foi bom para as forças de oposição ao grupo Sarney. Falta apenas que as oposições criem juízo, que formem um time, uma equipe.

Se o grupo Sarney, que tem interesses contraditórios imensos internamente, gente de tudo que é jeito, que vai de um Benedito Buzar a um Jorge Murad, consegue mater-se unido, por que as oposições, que defendem causas e bandeiras tão nobres como a ética e o companheirismo tem que morrer na autofagia?

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