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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SENADO PUNE COM ADVERTÊNCIA FUNCIONÁRIO FANTASMA DA LIDERANÇA DO PMDB

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Senado decidiu punir com uma advertência o consultor legislativo Renato Friedman, servidor concursado da instituição que trabalhava como funcionário fantasma da liderança do PMDB na Casa. A comissão de sindicância criada no Senado para investigar o servidor concluiu que Friedman deve sofrer advertência por "ter se ausentado do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do seu chefe imediato".

Além de advertência, Friedman poderia ser punido com suspensão ou demissão "a bem do serviço público", como previsto pela lei 8112 --que rege o funcionalismo público federal. Portaria publicada no boletim administrativo do Senado com o resultado dos trabalhos da comissão de sindicância não faz menção ao fato de Friedman ter atuado como funcionário fantasma na instituição. A comissão de sindicância foi criada no dia 22 de maio deste ano para investigar a denúncia contra o servidor.

A conduta de Friedman foi investigada por três funcionários do Senado, designados pelo ex-diretor geral do Senado Alexandre Gazineo para integrar a comissão de sindicância.

Reportagem da Folha mostrou que o servidor ganhava R$ 15 mil por mês para dar expediente em Brasília no gabinete comandado por Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado. Mas Friedman trabalhava na loja de móveis da família, em Porto Alegre (RS).

A reportagem informou que o servidor entrou com pedido de férias e licença não remunerada depois que a Folha procurou Renan e Friedmann para apurar a denúncia. Renan devolveu o funcionário para a Consultoria Legislativa do Senado, onde ele estava lotado até novembro de 2008.

O ex-líder do PMDB no Senado Valdir Raupp (PMDB-RO), defendeu na época a demissão do servidor depois de ser informado das irregularidades. "Esse rapaz tem que ser demitido por justa causa. Ele agiu de má-fé, entrou na liderança, pediu licença do cargo e nunca mais voltou", disse Raupp.

O senador afirma que ele e Renan não tinham conhecimento do expediente de Friedmam no sul do país. "Nem eu sabia nem o Renan. Eu o vi algumas vezes, mas nem lembro da sua fisionomia. Reconheço que pode ter havido falta de controle de algum setor da Casa", afirmou Raupp.


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