Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA ASSUME GOVERNO DO TO; NOVA ELEIÇÃO OCORRE EM 30 DIAS

da Folha Online

O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), assumiu nesta quarta-feira, interinamente, o governo do Estado após a cassação de Marcelo Miranda (PMDB).

A Assembleia terá até 30 dias para realizar uma eleição indireta, por faltar menos de dois anos para o final do mandato. Com isso, os 24 deputados estaduais irão escolher o substituto de Miranda.


O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou na noite de ontem os recursos apresentados por Miranda contra a cassação de seu mandato. A decisão foi unânime do plenário da Corte.

Em junho, o tribunal cassou o mandato do governador e de seu vice, Paulo Sidnei Antunes (PPS), por prática de abuso de poder político durante as eleições de 2006.

Antes do início do julgamento, a defesa do governador entrou ontem com um mandado de segurança apresentado com pedido de liminar para que as partes envolvidas pudessem ter acesso ao processo. O objetivo do pedido era adiar o julgamento dos recursos contra a cassação de Miranda.

Em entrevista após a decisão do TSE, o governador cassado disse que não sente vergonha de nada nem de ninguém e que deixa o governo de cabeça erguida. "Vou transmitir o cargo [para o meu sucessor]. Se entrei pela porta da frente, jamais sairia pela porta do fundo", afirmou.

Acusação

O governador e o vice foram acusados de prometer vantagens a eleitores, distribuir bens e serviços custeados pelo poder público, utilizar indevidamente de meios de comunicação e distribuir gratuitamente casas, óculos e cestas básicas, além de realizar consultas médicas. A denúncia foi apresentada pelo segundo colocado nas eleições, José Wilson Siqueira Campos.

Miranda permanecia no cargo porque fora beneficiado por liminar que permitiu que ele ficasse até o julgamento dos recursos.

Dinheiro público

Após novas acusações, as denúncias contra Miranda tomaram força. Comprovantes de pagamentos feitos pelo gabinete do governador e o depoimento de um ex-servidor à Polícia Federal apontam que despesas como reformas, manutenção e compra de produtos de conservação para propriedades do peemedebista e de assessores podem ter sido pagas com dinheiro público.

Os documentos foram entregues à PF pelo ex-servidor Valdeilton Santos Nascimento, que disse em depoimento que foram gastos R$ 30 mil em reparos na chácara de Miranda para o aniversário de sua filha, em 2008.

O secretário-chefe do gabinete do governador, Luiz Antônio da Rocha, negou as irregularidades apontadas por Nascimento, mas afirmou que determinaria a abertura de sindicância para apurar as denúncias do ex-servidor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário