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terça-feira, 18 de agosto de 2009

TEMER DEFENDE SARNEY E MINIMIZA IMAGEM NEGATIVA DO PODER LEGISLATIVO


DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), defendeu nesta segunda-feira o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e minimizou a má imagem do Poder Legislativo apontada em pesquisa do Datafolha.

Pesquisa Datafolha publicada ontem apontou que o Congresso teve avaliação ruim ou péssima para 44% dos entrevistados. Sobre as denúncias envolvendo Sarney, 74% disseram que ele deve sair da presidência do Senado.

Temer disse que, "se o presidente Sarney deixasse a presidência do Senado agora, em nada acrescentaria", afirmou.

"Isto só vai criar um clima institucional muito ruim". De acordo com o deputado, Sarney "está fazendo o possível para sanar eventuais irregularidades". "Ele tomou uma atitude rápida, veloz", disse.

Para Temer, o surgimento de denúncias envolvendo congressistas no país "é um pouco cíclico". O presidente da Câmara afirmou ter "a impressão de que quando se fizer nova pesquisa o resultado será melhor". Revelações como as do Datafolha sobre o Congresso não o surpreendem mais, afirmou.

"Eu não me impressiono com essas pesquisas, essas estatísticas, porque o Poder Legislativo é um poder mais sujeito a observações populares. Acho útil. A crítica é uma coisa importante", disse o deputado em entrevista durante evento na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Cotado como vice em eventual candidatura presidencial da ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil), Temer disse que aguarda as articulações partidárias para se definir.

"Eu não aceito nem desaceito, com o perdão do neologismo", declarou. Ele disse que "não existe candidato a vice" e que o cargo é resultado "de uma circunstância política" entre partidos coligados para defender um mesmo candidato presidencial.

Sobre o futuro do PMDB na sucessão do presidente Lula, Temer declarou que se o partido continuar no governo "a tendência natural é fazer uma aliança com a candidata ou candidato do governo". "Se perceber-se que o PMDB vai em outra direção, acho que eticamente o PMDB não pode ficar no governo", afirmou.

Temer disse ser possível colocar a reforma tributária para votação na Câmara a partir de setembro e que o Congresso pode fechar questão em pelo menos dois pontos: redução do número de tributos e queda da carga tributária.


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