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sábado, 15 de agosto de 2009

PARA JUIZ DO STF, VAZAMENTO DA BOI BARRICA NÃO É ERRO DO JORNAL


Para especialistas, convívio social com Sarney deveria impedir desembargador de dar sentença em favor do filho

Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que jamais decretaria censura ao Estado ou a qualquer outro meio de comunicação. "Combata-se o vazamento, mas sem se chegar ao cerceio da liberdade de expressão e de veicular notícias."
O desembargador Dácio Vieira impôs censura ao Estado. Proibiu o jornal de publicar reportagens sobre Fernando, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O Estado ingressou com exceção de suspeição de Vieira, que não a reconheceu. "O erro (pelo vazamento) é antecedente, não é do jornal em si", avalia Marco Aurélio. "O erro está lá na origem, quando houve a quebra do sigilo. Em última análise, dados sigilosos que caem no domínio da imprensa deixam de ser sigilosos."
O ministro considera que quando a informação chega a um órgão de imprensa "o sigilo já se faz afastado e o veículo não está impedido de divulgar aquele tema". "Eu não concebo que a censura possa decorrer do Judiciário. Pode haver a responsabilização de quem publicou, a nível civil e penal. A censura é inconcebível nessa quadra de democracia que imagino plena."


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