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terça-feira, 25 de agosto de 2009

OPOSIÇÃO QUER OUVIR FUNCIONÁRIOS DA RECEITA SOBRE SUPOSTO USO POLÍTICO DO ÓRGÃO

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A oposição deve levar para o Congresso as discussões em torno da saída de mais de 12 integrantes da alta cúpula da Receita Federal que colocaram o cargo à disposição ontem em protesto às exonerações de dois assessores ligados à ex-secretária Lina Vieira. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), vai propor aos líderes oposicionistas que convoquem esses servidores a prestarem esclarecimentos sobre as demissões.

Para Agripino, é preciso esclarecer o uso político do órgão. "Vamos nos reunir para definir a estratégia. Essa debandada não aconteceu sem razão. A informação que temos é que eles saíram porque não concordam com o uso político da instituição", disse.

Entenda o caso que motivou as demissões na Receita Federal
Leia íntegra da carta dos funcionários da Receita que pediram demissão

Os funcionários anunciaram a saída na tarde desta segunda-feira em resposta à exoneração dos assessores Alberto Amadei Neto e Iraneth Maria Dias Weiler. Iraneth foi chefe de gabinete de Lina e teria confirmado o suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e Lina no qual, segundo a ex-secretária, teria ocorrido o pedido para acelerar as investigações das empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Dilma negou o encontro e desmentiu Lina.

Entre os servidores estão cinco superintendentes regionais, cinco coordenadores, um e um superintendente-adjunto e o subsecretário de Fiscalização, Henrique Jorge Freitas da Silva. Entre os superintendentes está o de São Paulo, Luiz Sérgio Fonseca Soares.

Entregaram seus cargos ainda os superintendentes regionais Altamir Dias de Souza, da 4ª Região Fiscal (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas); Dão Real Pereira dos Santos, da 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul); Eugênio Celso Gonçalves, da 6ª Região Fiscal (Minas Grais); Luís Gonzaga Medeiros Nóbrega, da 3ª Região Fiscal (Maranhão, Ceará e Piauí).

Em carta enviada ao secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, os funcionários se declararam "impossibilitados" de continuar no órgão.


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