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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MOVIMENTO FORA SARNEY NA PORTA DE PAULO DUQUE

Por Cássio Bruno

Pelo menos 150 pessoas, a maioria estudantes, participaram, na tarde de sábado, no Flamengo, de uma manifestação contra a permanência de José Sarney (PMDB- AP) na presidência do Senado. Com os rostos pintados, narizes de palhaço, panelas e apitos, o grupo percorreu as ruas do bairro e seguiu até o prédio onde mora o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), responsável por arquivar denúncias contra Sarney, como supostos crimes de nepotismo, tráfico de influência, desvio de recursos públicos e envolvimento com atos secretos.

O ato durou cerca de duas horas e foi acompanhado por dez policiais militares, alguns armados com fuzis. No protesto, que teve início em frente à estação do metrô, na Rua Marquês de Abrantes, os manifestantes gritaram palavras de ordem, com a participação da atriz Lady Francisco. O clima era de revolta e teve até carro-de-som. Uma faixa também chamava a atenção: "Enquanto a Une (União Nacional dos Estudantes) se cala, os estudantes livres dizem Fora Sarney". A frase era assinada pela Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel).

- Algumas pessoas no Senado têm que saber que opinião pública existe - disse o professor de História, William Garcia, um dos organizadores do evento.

- Os protestos não são apenas no Rio, mas no Brasil inteiro. E estão ganhando força. Temos que tirar o Sarney de lá - afirmou a estudante Flávia Lanat, de 17 anos.

Os manifestates seguiram até o prédio de Paulo Duque, na Rua Cruz Lima. Lá, eles cantaram o Hino Nacional e criticaram a posição do político no Senado. Os vizinhos de Duque, morador do sétimo andar do edifício Dumont, aplaudiam a iniciativa e indicam o apartamento do senador. Segundo o porteiro, Duque não estava em casa naquele momento. Os jovens e simpatizantes ao protesto foram proibidos pela polícia de ficar na calçada do prédio. Houve um princípio de confusão. Um tenente da PM justificou a medida:


- Os moradores do edifício têm o direito de ir e vir. Hoje é sábado, dia de descanso. Também não há um pedido formal na PM para a realização do manifesto - informou.

A repressão da polícia não impediu que fossem distribuídos panfletos com "Abaixo à Corrupção". Segundo os organizadores, outros protestos ocorrerão na próxima quinta-feira, às 13h, na Candelária; sábado, no posto 5, em Copacabana; e, no feriado de 7 de setembro, em frente à Associação Brasileira de Letras.

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