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domingo, 30 de agosto de 2009

GRAU QUER SER IMORTAL


Entre lendas e mitos cresce o repertório sobre o famigerado processo de cassação do governador Jackson Lago. O mais recente que ouvi deixa para trás as especulações mais passionais desembolsadas até agora por analistas, juristas, escambau, que palpitam sobre a queda do pedetista. Plantonistas do grupo Sarney, cronometram os passos do relator do processo desencadeado pela denúncia da coligação encabeçada pela senadora Roseana Sarney (PMDB, na época no PFL).

O relator do processo é Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, indicado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. O ministro Eros Grau tem vários livros publicados. Todos da área do direito.

Segundo a versão corrente, a ambição do gaúcho nascido em Santa Maria é a literatura ficcional. Deseja Grau o reconhecimento de um Simões Lopes Neto, escritor de Pelotas que consagrou nas letras a vida campeira do sul. Decorre daí seu desejo de ingressar na Academia Brasileira de Letras.

De conversa em conversa, Eros Grau soube que o ex-presidente José Sarney seria a pessoa mais próxima e indicada para conduzi-lo ao clube dos imortais de fardão. O voto de Grau no caso Jackson seria mais uma troca de facilidades perpetrada pelo imortal Sarney.

Crente de que o resultado será a seu favor, Roseana Sarney desabafou ao deputado federal e prefeito recém-eleito de Imperatriz, Sebastião Madeira. "Vou para Nova York e no meu regresso assumo o governo do Maranhão", teria dito a senadora filha de Sarney, derrotada por Jackson Lago na eleição de 2006.

Essa questão da cassação vem se mantendo como tema monocórdio do grupo Sarney, desde que Jackson Lago assumiu o governo do Maranhão. Com passado limpo, o pedetista não poderia ser cobrado logo nos primeiros meses de governo, sobre resultados não obtidos pelo grupo em décadas de mando. Desqualificar sua vitória nas urnas restou como única opção dos derrotados pela Frente de Libertação do Maranhão que ancorou a candidatura de Jackson Lago.

Através de seus meios de comunicação, o grupo do senador José Sarney tenta dia-a-dia incutir na população que o governo de Jackson Lago é pessimamente avaliado. Para isso se serve de números com ares científicos obtidos em contratos com institutos de pesquisa de idoneidade duvidosa.

Com o resultado das urnas em 5 de outubro, verificou-se que a história não é bem assim. Candidatos apoiados pelo Palácio dos Leões foram eleitos aos borbotões. E, para coroar seu êxito, Jackson Lago conseguiu reunir 183 prefeitos eleitos e reeleitos para firmar compromissos de parceria. Um feito de São Tomé para os incrédulos sobre o prestígio eleitoral do governador. Resta então a ameaça da perda do mandato como único consolo.


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