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sábado, 1 de agosto de 2009

FIM DO RECESSO SOBE PRESSÃO E DEIXA SARNEY MAIS FRÁGIL


BRASÍLIA - O sinal amarelo acendeu no grupo político do senador José Sarney (PMDB-AP), e o cenário após o fim do recesso é de imprevisibilidade. Análise realista feita por caciques peemedebistas indica que Sarney volta do recesso parlamentar numa situação mais frágil do que há duas semanas, com o agravamento da crise no Senado. Numa contabilidade conservadora feita por aliados, o apoio ao presidente do Senado, num eventual processo de cassação, caiu de 54 para apenas 44 votos em plenário. Ou seja, a pressão das últimas semanas teria reduzido em dez votos a margem de Sarney. É o que informa a reportagem de Gerson Camarotti, publicada na edição do GLOBO deste domingo.

Esse placar é considerado de risco até pelos parlamentares mais próximos de Sarney, já que são necessários 41 votos no plenário para barrar a cassação de um mandato de senador. Por essas contas, 37 votos seriam a favor da cassação, ou abstenções. Mas a estratégia definida pela tropa de choque de Sarney é partir para o enfrentamento nas próximas quatro semanas, período em que dificilmente o processo chegará ao plenário. Uma possível renúncia só seria analisada ao fim desse período, se a situação não for controlada.


Para evitar erros ocorridos em 2007, durante os processos de cassação do então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a tropa de choque de José Sarney foi reforçada para o enfrentamento que haverá a partir desta semana. Além dos senadores Wellington Salgado (PMDB-RJ), Almeida Lima (PMDB-SE) e Gilvam Borges (PMDB-AP), que fizeram uma defesa contundente de Renan, o grupo foi reforçado por Paulo Duque (PMDB-RJ), que ganhou a presidência do Conselho de Ética com a missão de arquivar tudo o que for possível contra Sarney.

A estratégia do grupo de Sarney, que mesmo no recesso funcionou numa espécie de gabinete da crise, é concentrar todo o debate no Conselho de Ética, onde os aliados têm maioria mais comprometida: 10 dos 15 votos do colegiado. Pelo que foi acertado, as representações que não forem arquivadas por Duque devem ser derrubadas pela tropa de choque.



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