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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

EX-NAMORADO DA NETA DE SARNEY SERÁ DEMITIDO DO SENADO, DIZ ASSESSORIA DA PRESIDÊNCIA

O Globo

BRASÍLIA - A assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou no início da noite desta quinta-feira que o senador mandou demitir Henrique Dias Bernardes, ex-namorado de sua neta Maria Beatriz Sarney, e nomeado por ato secreto. (Confira as denúncias contra Sarney na linha do tempo).

O kitesurfista Henrique Dias Bernardes estava lotado na diretoria do Centro Médico do Senado, na área administrativa, com expediente de meio período, por um salário de R$ 2.700.

A vaga foi obtida por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, e Maria Beatriz junto a Sarney e ao ex-diretor-geral Agaciel Maia, conforme revelou a divulgação de escutas da Polícia Federal, obtidas com autorização judicial.

A demissão de Bernardes foi anunciada logo após a divulgação de que seu emprego tinha sido mantido com a validação de mais 20 atos secretos referentes a nomeações de servidores comissionados. O diretor-geral da Casa, Haroldo Tajra, chegou a negar interferência de Sarney para permanência de Henrique Bernardes no cargo, durante uma entrevista coletiva.

O ato de exoneração será publicado no sábado no Boletim Administrativo, mas só terá efeito a partir do próximo dia 25 de setembro, quando o funcionário voltará de férias.

O primeiro-secretário da Casa, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), por sua vez, alegou que ainda não havia sido informado da decisão da Diretoria Geral relativa a Henrique Dias, mas garantiu que não recebeu qualquer pedido de Sarney em favor do rapaz.

- Esses atos secretos estavam sendo analisados, caso a caso - desconversou.

Ao ser informado de que o ato secreto que nomeara Bernardes tinha sido validado, Sarney ordenou a demissão, segundo a assessoria.

Mesa pode derrubar projeto que acaba com gratificação

Heráclito admitiu que a Mesa Diretora do Senado poderá derrubar parcialmente o projeto de resolução do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), aprovado quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que acabaria com gratificações para servidores efetivos ou comissionados designados para integrar comissões permanentes, temporárias ou especiais da Casa. Essas gratificações variam hoje entre R$ 1.300 e R$ 2.600. Para o Heráclito, a mudança é injusta.

- Esse projeto do senador Suplicy é uma coisa demagógica, que joga para plateia. Não é uma coisa justa com o servidor. Nós já enxugamos e moralizamos muitas comissões, mas algumas são essenciais e seus integrantes são obrigados a trabalhar durante os finais de semana, como a que coordena o tour de turistas na Casa e a que cuida da segurança - ponderou Heráclito.


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