STF apura irregularidades na campanha de Eduardo Azeredo ao governo.
Marcos Valério e outros citados são investigados na Justiça Federal de MG.
Diego Abreu
Do G1, em Brasília
Relator do caso do mensalão mineiro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa concluiu na sexta-feira (11) o parecer sobre o inquérito que investiga o esquema de arrecadação irregular de dinheiro para a campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, e determinou o envio da matéria ao plenário. Caberá agora ao presidente da Corte, Gilmar Mendes, marcar a data do julgamento.
Exercendo atualmente o cargo de senador por Minas Gerais, Azeredo é o único denunciado no inquérito que tramita no Supremo. Por não gozarem de foro privilegiado, os demais investigados, o empresário Marcos Valério, o então coordenador financeiro da campanha do tucano, Cláudio Mourão, e o ex-subsecretário de comunicação do governo de Minas Gerais Eduardo Guedes respondem a processo na Justiça Federal mineira.
No julgamento a ser marcado por Mendes, os ministros do STF irão decidir se aceitam ou não a denúncia contra Azeredo. Caso seja aceita, o tucano passará a condição de réu em ação penal a ser aberta pela Corte.
Em nota divulgada em novembro de 2007, o senador Eduardo Azeredo afirmou que a representação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) "servirá de oportunidade para que seja definitivamente comprovada" sua inocência. Segundo ele, "nunca houve 'mensalão' em Minas Gerais". "As questões financeiras envolvendo a campanha de 1998 não foram de minha responsabilidade", dizia a nota.
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