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terça-feira, 15 de setembro de 2009

'MÍDIA PASSOU A SER INIMIGA DAS INSTITUIÇÕES REPRESENTATIVAS', DIZ SARNEY

Para ele, Legislativo é mais criticado porque toma decisões 'às claras'.
Presidente do Senado discursou sobre Dia Internacional da Democracia.
Robson Bonin
Do G1, em Brasília
Em discurso durante a sessão especial do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Democracia nesta terça-feira (15), o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), fez uma análise dos avanços tecnológicos dos meios de comunicação e criticou a mídia. Para Sarney, ela "passou a ser inimiga das instituições representativas", já que o modelo atual de parlamento está sujeito "a muitas críticas" decorrentes dos avanços tecnológicos que fortaleceram os meios de comunicação.

"A tecnologia, hoje, levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, a grande discussão que se trava é justamente esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós, e dizemos nós representantes do povo: somos nós. É dessa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas", analisou Sarney.

Três poderes

Para Sarney, diferentemente dos poderes Executivo e Judiciário, o Legislativo está mais exposto a polêmicas porque no parlamento "as decisões são tomadas às claras". "No nosso modelo de Estado, a grande diferença entre os três poderes é que, enquanto os poderes Executivo e Judiciário tomam decisões solitárias, o Legislativo o faz às claras", disse.

Ainda de acordo com o presidente do Senado, o Congresso é alvo de críticas porque discute e toma decisões com "a nação assistindo". "Somos sujeitos a essa crítica diária, porque nós tomamos as decisões todas aqui, à luz do dia. Quer dizer, ela começa e termina com a nação assistindo e, então, isso serve de uma crítica permanente", avalia Sarney.

O presidente do Senado disse ainda que "o mundo inteiro questiona a democracia representativa". "Contudo, não estou dizendo isso aqui, estou repetindo aquilo que, no mundo inteiro, hoje, se discute", argumentou.


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