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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

FOLHA REVELA QUE PF PREPARA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM EMPREITEIRAS


A Polícia Federal prepara operação de busca e apreensão em algumas das maiores empreiteiras do país, informa reportagem de Mônica Bergamo e Andrea Michael, publicada sábado pela Folha. A ação da PF inclui as casas de executivos das empresas, acusadas de fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva na execução de obras em aeroportos de todo o país. Os desvios chegariam a R$ 500 milhões.

Entre os alvos estão OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Nielsen, Queiroz Galvão e Gautama. Nesta semana, PF, Ministério Público Federal e Justiça souberam que dados vazaram para investigados.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo noticiou sábado em sua manchete principal, a Polícia Federal prepara uma ação de busca e apreensão nas sedes de algumas das maiores empreiteiras do país e nas casas de seus executivos. As empresas são investigadas por suposta fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva na execução de obras em aeroportos de todo o país.

O total de desvios chegaria a R$ 500 milhões. Ao menos três das construtoras investigadas - Gautama, OAS e Camargo Corrêa - costumam ser grandes doadoras das campanhas eleitorais dos integrantes do clã Sarney no Maranhão. As duas primeiras estiveram envolvidas num dos maiores escândalos entre os muitos que marcaram os dois governos anteriores de Roseana Sarney (1995-2002) - o malfadado projeto de construção da adutora Italuís 2, que sangrou o erário em mais de R$ 30 milhões e não saiu do papel.

Em 2007, a Polícia Federal, durante as apurações da Operação Navalha, já havia descoberto que Roseana Sarney fora a responsável pela vinda para o Maranhão tanto da Gautama, do empresário Zuleido Veras, como da OAS - outra construtora acusada de assaltar os cofres públicos por meio de 'propinodutos' e fraudes em licitações.

De acordo com reportagem de Fausto Macedo, publicada em junho de 2007 no jornal O Estado de S. Paulo, "os federais descobriram, que, em parceria com a OAS, a Gautama chegou no Maranhão quando o estado ainda era domínio quase exclusivo do clã Sarney. Foi em 2000, quando a Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema), por força de convênio com o Ministério da Integração Nacional, contratou as empreiteiras para a obra da Adutora Italuís 2, orçada então em R$ 300 milhões".

Relata ainda a matéria: "A OAS e a Gautama dividiram meio a meio o bolo. A OAS pegou um trecho de R$ 151 milhões, a Gautama outro, de R$ 149 milhões. A União seria a principal fonte do desvio, não fosse uma ação cautelar movida pelo Ministério Público Federal que embargou pagamentos em favor das empreiteiras.

Dados oficiais indicam que a OAS e a Gautama receberam R$ 31 milhões antes que a Justiça mandasse interromper os novos repasses. A parceria das empreiteiras, que Roseana acolheu, revela que, apesar das suspeitas de que a Gautama teve origem em briga interna da OAS, as duas andam lado a lado quando estão de olho em obras de grande porte, com recursos do Tesouro.

O ajuste ficou mais evidente porque as duas empreiteiras indicaram um de seus diretores para assumir a presidência da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão. [Trata-se do engenheiro baiano Tadeu Almeida de Oliveira Pinto, que antes de ser presidente da Caema havia sido funcionário da Gautama]. A Italuís 2, duplicação do sistema de captação e tratamento de água para abastecimento da capital, mal saiu do papel."


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