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terça-feira, 11 de agosto de 2009

SENADORES DO PT ASSINAM MANIFESTO CONTRA SARNEY

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Parlamentares que defendem o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado conseguiram 41 assinaturas favoráveis ao manifesto que pede a saída temporária do peemedebista do cargo. Com a adesão da maioria dos 81 senadores ao manifesto, os parlamentares esperam que o Conselho de Ética instaure ao menos um processo para investigar Sarney.

Alguns líderes partidários, porém, assinaram o manifesto em nome das bancadas --o que na prática reduz o apoio ao afastamento de Sarney. "Alguns senadores podem dizer que não apoiaram, que quem assinou foi o líder. Para mim, deveríamos propor uma votação em plenário para decidir o futuro do senador Sarney", disse o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Marina Silva (PT-AC) assinaram o texto nesta terça-feira. No total, cinco senadores do PT aderiram ao pedido para que Sarney se licencie da presidência --dos 12 petistas que integram a bancada.

"O manifesto é a vontade política da maioria. A consequência da manifestação é o julgamento de pelo menos um processo no plenário da Casa. Se o PT apoiar uma representação no conselho é suficiente", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

O apoio dos três senadores do PT que integram o Conselho de Ética é considerado, pela oposição, decisivo para a instauração de processos contra Sarney. O plenário do conselho vai analisar nos próximos dias os dez recursos apresentados pela oposição contra o arquivamento sumário dos processos.

O presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou os pedidos de investigação com o argumento de que foram baseados em notícias de jornais. Senadores do DEM e do PSDB que integram o colegiado recorreram contra o arquivamento das acusações. O impasse vai ser decidido pelo plenário do Conselho de Ética.

Cristovam reconhece que, apesar de ter o apoio da maioria do Senado ao manifesto, Sarney pode ser absolvido de perder o mandato caso o plenário venha a julgar o presidente da Casa --uma vez que a votação é secreta em casos de quebra de decoro parlamentar.


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