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sábado, 8 de agosto de 2009

SARNEY, SAIA DO SENADO E ENTREGUE-SE À POLÍCIA

Publicado em: 7 de agosto de 2009
Por: Gabinete da Resistência

"Sarney, ao invés de ficar se agarrando à presidência do Senado, atrasando ainda mais o percurso do nosso país, seja ético (se é que sabes o que isso significa) e entregue-se à polícia para pagar a conta pelos seus crimes:

Diálagos gravados pela Polícia Federal durante a operação Boi Barrica revelam que a família Sarney cometeu nepotismo. O senador interveio junto ao então diretor do senado, Agaciel Maia, com a finalidade de nomear o namorado de sua neta para uma vaga de assessor. A contratação foi feita por ato secreto (O Estado de S. Paulo, 22.jul.2009).

Afirmou que não possuía responsabilidade administrativa sobre a fundação José Sarney, mas foi constatado que o senador presidiria o conselho da instituição. Além disso a verba de uma parceria entre a organização e a Petrobrás teria sido parcialmente desviada e remetida a empresas fantasmas. Também foi revelado que as declarações de renda do senador não registrariam o movimento de uma conta bancária fora do país.

Ele emitiu uma nota autorizando o procurador-geral da República a requisitar informações sobre suas movimentações financeiras (O Estado de S. Paulo, 12.jul.2009, 12.07.2009, 13.jul.2009, 14.jul.2009).

Ocultou da Justiça Eleitoral uma casa em Brasília avaliada em R$ 4 milhões, e outra em São Luís. No primeiro caso, sua assessoria afirmou que o imóvel não constava na declaração de bens por erro técnico, mas estava incluido em sua declaração de imposto de renda entregue ao Tribunal de Contas da União. No segundo, apesar de constar na declaração ela teria sido doada à sua filha Roseana, que não a incluiu em sua declaração eleitoral de 2006 porque a transferência ainda estava tramitando (O Estado de S. Paulo, 3.jul.2009; Folha de S. Paulo, 14.jul.2009).

Cedeu apartamento funcional para uma viúva de seu ex-motorista. Um acontecimento semelhante justificou a demissão do ex-diretor de recursos humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, por Sarney. Além disso, seu neto José Adriano é proprietário da Sacris Consultoria, que intermedia crédito consignado ao Senado. Entre seis bancos que prestam serviços à instituição, dois deles credenciaram-se à empresa antes de ter autorização para operar na casa. Sarney defendeu o neto afirmando que a empresa iniciou as atividades no Senado antes dele tomar posse como presidente e, após isso, não operava mais naquela instituição (Folha de S. Paulo, 25.jun.2009; O Estado de S. Paulo, 25.jun.2009; Folha de S. Paulo, 26.jun.2009; Jornal do Commercio, 30.jun.2009).

Teria recebido auxílio-moradia residindo em sua propriedade particular em Brasília e fazendo uso da residência oficial. Quando questionado sobre o fato admitiu nunca ter ganho a verba. Mas poucos dias depois sua assessoria confirmou que ele detinha o auxílio desde maio de 2008.

Ao tomar conhecimento, cancelou o benefício e terá que devolver o montante de R$ 40.000,00 referente ao auxílio retroativo (Folha de S. Paulo, 28.mai.2009; O Globo, 29.mai.2009; Jornal do Brasil, 29.mai.2009).

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, teria emprestado apartamento funcional que estava em seu nome para um ex-senador. O uso de imóveis funcionais só é permitido para senadores em exercício do mandato. Sarney afirma que emprestou o apartamento porque o ex-senador estava doente (Folha de S. Paulo, 16.jun.2009).

Enviou quatro policiais do Senado em “missão oficial” a São Luís para a defesa de imóveis de sua família contra possíveis invasões em protesto à cassação do governador Jackson Lago (O Estado de S. Paulo, 12.mar.2009).

Teria recebido informações da Abin sobre processo sigiloso movido contra seu filho, Fernando Sarney, na Justiça Federal do Maranhão. Essa suspeita surgiu em virtude de conversa telefônica gravada pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica (O Estado de S. Paulo, 7.fev.2009a, 7.fev.2009b).

Seu filho, Fernando Sarney, foi indiciado em procedimentos abertos pela Polícia Federal. Um deles apura suposto tráfico de influência para beneficiar empresas privadas em contratos com o governo. Noutro Fernando, seus sócios e sua nora seriam acusados de lavagem de dinheiro usando a empresa São Luis Factoring a Gráfica Editora e na promoção da festa Marafolia, que são empreendimentos da família Sarney. Os indiciamentos são resultado da Operação Boi Barrica (Folha de S. Paulo, 17.jul.2009; O Globo, 17.jul.2009).

Segundo reportagem do jornal O Globo o instituto Mirante, presidido por Fernando Sarney, teria recebido R$ 220 mil da Eletrobrás para patrocinar projetos culturais no Maranhão. Mas as notas fiscais da instituição demonstram irregularidades como o uso das empresas da família Sarney para justificar parte dos gastos da quantia recebida (O Globo, 30.jul.2009).

Sarney, ao invés de ficar se agarrando à presidência do Senado, atrasando ainda mais o percurso do nosso país, seja ético (se é que sabes o que isso significa) e entregue-se à polícia para pagar a conta pelos seus crimes:

Teria usado carros oficiais durante sua campanha em 2006, o que é vedado pela lei eleitoral (Folha de S. Paulo, 27.set.2006).

Teria resgatado suas aplicações no Banco Santos na véspera da intervenção do Banco Central naquela instituição. O senador é amigo pessoal de Edemar Cid Ferreira, proprietário do Banco Santos à época (O Estado de S. Paulo, 19.nov.2004; Gazeta do Povo, 20.nov.2004).

A Polícia Federal investiga saques em dinheiro no valor de R$ 3,5 milhões ligados a empresas do senador período eleitoral de 2006. O Ministério Público Federal também apura o caso (Folha de S. Paulo, 09.jan.2008).

A família Sarney nomeou nove conhecidos com cargo comissionado no Senado. Um deles, João Fernando Michels Gonçalves Sarney, foi nomeado e desligado no gabinete de Epitácio Cafeteira por ato administrativo secreto, quando entrou em vigência a súmula contra o nepotismo. Emprega também uma funcionária fantasma que seria protegida de Renan Calheiros (O Estado de S. Paulo, 10.jun.2009, 10.jun.2009; Folha de S. Paulo, 26.jun.2009; 30.jun.2009).

Teria sido beneficiado por atos secretos editados pelo Senado entre 1995 e 2009. Dentre os 663 atos secretos editados pela instituição, 10% teriam favorecido familiares e aliados políticos do senador (O Estado de S. Paulo, 23.jun.2009; O Estado de S. Paulo, 16.jul.2009).

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o senador teria mantido uma fazenda de sua propriedade em nome de terceiros (entre eles, sua filha Roseana Sarney) para vender as terras sem precisar pagar impostos (Folha de S. Paulo, 29.jul.2009).

A filha de um dos ajudantes de ordem do senador seria funcionária “fantasma” de seus gabinete. A estudante constaria da folha de pagamento do Senado, mas não comparece ao gabinete de Sarney, onde está lotada, para trabalhar (O Estado de S. Paulo, 29.jul.2009)"


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