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domingo, 2 de agosto de 2009

PMDB 'AUTORIZA' DISSIDENTES A DEIXAR O PARTIDO

Em nota, direção diz que saída dos descontentes fortaleceria o PMDB.
Dirigentes dizem que não irão atrás do mandato de quem deixar a legenda.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Em nota publicada no site oficial do partido neste domingo (2), o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), e a presidente em exercício, Íris de Araújo (GO), afirmam que os dissidentes podem deixar a legenda “o quanto antes” e que não correrão risco de perder o mandato. Para os dirigentes do PMDB, a saída dos dissidentes deixaria o partido mais forte.

Na nota, o partido destaca o seu tamanho e os votos recebidos nas eleições para prefeito em 2008, 18,5 milhões, e governador em 2006, 16,8 milhões, para defender a legenda. A direção afirma que as divergências são normais até em agremiações de pequeno porte e empresas e dá o recado a quem estiver descontente no partido.

“O PMDB acata com humildade o descontentamento de alguns poucos integrantes que perderam espaço político e apostaram na fama efêmera oriunda de acusações vaias. E faz isso porque acredita piamente na democracia. A estes, o recado: podem deixar a legenda o quanto antes sem risco algum de perder o mandato. Ganharão eles, porque deixarão de pertencer ao partido do qual falam tão mal, e ganhará o PMDB, por tornar-se ainda mais coeso e musculoso”, diz o texto.

A nota não cita nomes dos dissidentes que são "autorizados" a deixar a legenda. Em fevereiro, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) fez críticas duras ao partido dizendo que boa parte do PMDB "quer mesmo é corrupção". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) é outro que tem atritos frequentes com a direção partidária e um dos que já se manifestou publicamente pela saída de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado. Jarbas Vasconcellos também já pediu a saída de Sarney. Apesar das diversas denúncias, como as gravações que ligam o presidente do Senado aos atos secretos, Sarney conta com o respaldo do PMDB.

A direção do partido afirma que o PMDB não mantém sua estrutura baseada em “caciques” políticos. “Caciques são a expressão do atraso. O PMDB se alimenta da força de seus dois milhões de filiados e no apoio de seus eleitores”.

Ainda na nota, a direção afirma que o programa do partido vem sendo cumprido desde a administração de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da República e diz que o apoio aos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva está dentro da proposta programática do partido. Afirma ainda que as gestões do partido a frente de ministérios tem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas da União e está de acordo com as diretrizes do governo.

“O PMDB orgulha-se de suas opções e sabe que tem ajudado o Brasil no limite de suas forças. As críticas, quando justas, só nos ajudam a melhorar”, diz a nota.


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