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terça-feira, 11 de agosto de 2009

OPOSIÇÃO VAI TENTAR CONVIDAR LINA PARA DEPOR NA CCJ DO SENADO


Senadores querem ouvir a ex-secretária sobre suposta conversa com Dilma e manobra contábil da Petrobras

Carol Pires, da Agência Estado

BRASÍLIA - A oposição tentará convidar a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira para depor à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), independentemente se ela for ou não à CPI da Petrobras. De acordo com o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), a estratégia é que a ex-secretária fale na CCJ sobre a conversa que teria tido com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e, na CPI da Petrobras, explique a manobra contábil que permitiu à estatal pagar menos impostos.
Agripino afirma que a oposição não quer ser acusada de "politizar" a CPI da Petrobras e, por isso, seria interessante que Lina Vieira falasse sobre o episódio envolvendo a ministra Dilma Rousseff em outro foro, no caso, na CJJ. Esta semana, Lina Vieira declarou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que, no final do ano passado, Dilma Rousseff teria lhe pedido para "agilizar a fiscalização do filho do Sarney". A ex-secretária afirma ter entendido o pedido da ministra como um recado "para encerrar" as investigações envolvendo a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Nesta terça-feira, a CPI da Petrobras vai ouvir o secretário interino da Receita Federal, Otacílio Cartaxo. O senador ACM Júnior (DEM-BA) disse que questionará Cartaxo sobre a legalidade do mecanismo contábil usado pela Petrobras, que usará eventuais brechas nas explicações do secretário para fundamentar a necessidade de convidar Lina Vieira na CPI. "Ela era secretária da Receita na época da manobra contábil e tem que explicar o que aconteceu. Se a Receita tinha uma resolução e mudou para ajudar a Petrobras, isto é um escândalo", avaliou.
Em entrevista à Agência Estado, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a oposição quer convidar Lina Vieira na CPI da Petrobras apenas para "criar um factoide político". "Eles têm que levá-la para depor na convenção do DEM e do PSDB, porque o interesse deles no depoimento dela não é técnico, é político", ironizou o líder.


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