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terça-feira, 18 de agosto de 2009

MERCADANTE DIZ QUE NÃO APOIA SUPOSTA MANOBRA PRÓ-SARNEY NO CONSELHO DE ÉTICA


Ele se recusa a indicar nomes favoráveis a Sarney ao colegiado.
Conselho decide nesta quarta situação de Sarney e de líder tucano.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

O líder do PT no Senado e do bloco de apoio ao governo, Aloízio Mercadante (PT-SP), ameaçou nesta terça-feira (18) deixar o cargo. Ele se recusa a fazer uma manobra para a indicação para o Conselho de Ética de senadores simpáticos ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A manobra consistiria na indicação de Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Romero Jucá (PMDB-AP) para o conselho em vagas do bloco liderado por Mercadante.

O bloco de apoio ao governo tem duas vagas de titulares não ocupadas no Conselho porque os senadores João Ribeiro (PR-RO) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) decidiram deixar o colegiado após a eleição de Paulo Duque (PMDB-RJ) para a presidência do órgão.

Como as vagas não foram preenchidas, caberia aos dois primeiros suplentes, Delcídio Amaral (PT-MS) e Ideli Salvatti (PT-SC), votarem no Conselho de Ética. Por disputar eleições no próximo ano, ambos têm procurado manter distância do assunto. Portanto, o PT tem sido visto como fiel da balança no caso.

Delcídio confirmou que uma reunião foi realizada por ele, Ideli e João Pedro (PT-AM) com o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), nesta terça-feira para discutir o assunto. Foi nessa reunião que se discutiu a possibilidade de Cavalcanti e Jucá substituírem os petistas. Delcídio disse que procurará Mercadante para debater o assunto.

Mercadante, porém, descartou a manobra. “Eu me recuso a fazer este tipo de coisa. Só se for com outro líder. Eu coloco meu cargo à disposição”, disse.

O Conselho de Ética se reúne nesta quarta-feira (19) para decidir sobre recursos contra o arquivamento de 11 ações contra Sarney e uma contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

No último dia 7, o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou todos os pedidos de investigação contra Sarney e uma contra Renan Calheiros (PMDB-AL). Três dias depois, a oposição recorreu de todos os arquivamentos contra Sarney. No dia 12, Duque mandou ao arquivo a representação do PMDB contra Arthur Virgílio.


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