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terça-feira, 18 de agosto de 2009

LULA VOLTA A DEFENDER SARNEY E ATACAR 'OBA-OBA DE DENUNCISMO'


Afirmação foi feita durante entrevista a rádio no Rio de Janeiro.
Presidente inaugura nesta terça obras na Baixada Fluminense.

Do G1, em Brasília


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em entrevista a rádio Tupy nesta terça-feira (18).

Lula disse que não é contra as investigações sobre o parlamentar e sim contra o “oba-oba de denuncismo” em relação à questão.

Presidente Lula durante visita ao Centro de Referência da Juventude do Governo do Estado do Rio de Janeiro nas comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. (Foto: Ricardo Stuckert Presidência)

“Eu defendo para mim e para a pessoa mais humilde que está nos ouvindo. Eu quero a investigação correta e julgamento pelas instituições pertinentes e que se tiver que punir que se puna. O que eu não quero é esse oba-oba do denuncismo, porque isso não dá certo em lugar nenhum do mundo”, disse ao ser questionado sobre o motivo do apoio a Sarney.

Não é a primeira vez que Lula sai em defesa de Sarney desde o início da crise no Senado, com várias irregularidades sendo descobertas, como o caso dos atos secretos. O presidente já pediu cuidado com a biografia do parlamentar e se reuniu com ele para demonstrar solidariedade.

Lula disse que o apoio ao parlamentar é menos ao homem a mais à instituição.

“É menos apoiar o homem, é apoiar a instituição. Veja, o Sarney pediu investigação da Polícia Federal sobre o filho dele, pediu para a Fundação Getúlio Vargas fazer um estudo da questão do Senado para um novo gerenciamento do Senado. Até agora, ele tomou as medidas que tinha que tomar e temos que esperar, porque se nós acharmos que as pessoas têm que ser condenadas pela manchete do jornal, ninguém consegue fazer nada nesse país. O que não dá é as pessoas acharem que pode mudar o presidente do Senado toda vez que tem uma denúncia”, argumentou Lula.

Lula cumpre agenda nesta terça-feira (18) no Rio de Janeiro, onde inaugura obras na Baixada Fluminense. Segundo ele, o governo federal está “gastando dinheiro para consertar os desmandos dos que governaram” o estado no passado.

“A geração que governou esse país há 40 anos atrás, há 50 anos atrás, foi uma geração quase que criminosa com o Rio de Janeiro, porque o que é favela hoje era tudo fazenda e se tivesse sido ordenado de forma correta a 50 anos atrás nós hoje não tínhamos favelas”, afirmou Lula.

Segundo ele, a favela já foi sinônimo de poema e hoje é sinônimo de violência. “A favela antigamente era sinônimo de poema, quantas músicas enalteciam as favelas, era uma coisa maravilhosa. Hoje em dia não, é sinônimo de violência. Porque na medida que a sociedade ela vai sendo escurraçada, nós passamos 20 anos sem crescimento no país”, analisou.


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